Atividades marcam o Dia do Bombeiro
Na última terça-feira, dia 2 de julho, foi celebrado o Dia do Bombeiro Brasileiro. Para marcar a passagem da data, a corporação em Bento Gonçalves realizou diversas atividades voltadas ao efetivo local e ações preventivas em empresas, além de receber a visita de escolas nas dependências do quartel, no bairro Cidade Alta.
As atividades alusivas à data iniciaram na segunda-feira, dia 1º, com um torneio de futebol, e seguem até esta sexta-feira, dia 5, para quando está marcado um jantar de confraternização entre o efetivo e seus familiares. “Na terça-feira aconteceu uma competição operacional entre as guarnições de combate ao fogo de Bento Gonçalves, no Centro de Treinamento para Bombeiros da Serra Gaúcha. As quatro equipes tiveram que simular a remoção de vítimas de local confinado e de difícil acesso, utilizando os equipamentos disponíveis no quartel”, relata o comandante do 2º Subgrupamento de Combate a Incêndio (2º SCI) e do 2º Subgrupamento de Busca e Salvamento (2º SBS), capitão Sandro Carlos Gonçalves da Silva. Durante a quarta e quinta-feira, dias 3 e 4, diversas escolas da cidade visitaram as dependências do quartel e as atividades preventivas nas empresas voltadas para a fiscalização foram intensificadas.
O sonho de ser bombeiro
O SERRANOSSA conversou com o sargento Jorge Dilamar Arruda Santana (na foto à direita), que possui 27 anos de experiência na profissão, e com o soldado Fernando Lamberti Bissaco (à esquerda), formado em abril deste ano, para conhecer os motivos que os levaram a escolher uma das profissões mais perigosas.
Tradição familiar
A escolha do santanense Jorge Dilamar Arruda Santana não foi por acaso, já que pelo menos cinco membros da família trabalham na Brigada Militar – quatro são Bombeiros e um atua no policiamento ostensivo. “Meu sonho inicial era ser caminhoneiro, mas seguindo as opções e pela forte relação familiar com os Bombeiros, optei por seguir esta profissão”, conta. Ele realizou o curso na cidade de Caxias do Sul e atuou no quartel daquela cidade no início da carreira. Depois, foi transferido para Veranópolis, Santa Maria, Panambi e, há 19 anos, para Bento Gonçalves.
Nesses anos de atuação, um caso específico permanece na memória do sargento Dilamar. “O fato aconteceu há cerca de dez anos. Dois caminhões bateram de frente e as vítimas ficaram presas nas ferragens. Tivemos que retirar parte dos corpos dilacerados de dentro dos veículos destruídos”, relembra. Para ele, situações que envolvam crianças são as mais complicadas.
O sargento destaca que, para desempenhar o papel de bombeiro, é fundamental que a pessoa tenha responsabilidade, não somente com ela mesma, mas com a sociedade. “É uma profissão que oportuniza retorno emocional, nos proporciona satisfação e sensação de dever cumprido”, enaltece. E para dar continuidade à tradição familiar, o filho de Dilamar, o pequeno Luís Fernando, de apenas cinco anos, já começa a dar seus primeiros passos dentro da corporação, acompanhando o pai no quartel. O pequeno já ganhou uma farda própria e não cansa de imitar as atitudes e gestos do pai.
Sonho de infância
O soldado Fernando Lamberti Bissaco, 22 anos, natural de Santiago, sempre teve o sonho de ser bombeiro de carreira. Residindo na Serra Gaúcha há 11 anos, viu na abertura do edital do curso da Brigada Militar, em 2012, a chance de seguir na profissão que sempre almejou, mesmo estando matriculado na faculdade de Direito. Ele ingressou na turma de formação de novos soldados em setembro de 2012, em Bento Gonçalves e, depois da formatura, em abril deste ano, optou por permanecer na cidade em função da proximidade com a cidade na qual reside, Carlos Barbosa.
Uma das ocorrências que mais marcou o soldado, ainda durante o estágio na corporação, foi o resgate de um homem que caiu de um penhasco no parque de Salto Ventoso, em Farroupilha, no mês de janeiro. Ele também não consegue esquecer do atendimento prestado pelos servidores a um motorista que capotou um caminhão na ERS-431, na Linha Alcântara, no dia 1º de maio. “O fato de ser bombeiro há menos tempo pode significar menos experiência, mas não menos conhecimento. Estamos capacitados, com condições plenas de atender à população”, garante.
Ele conta que a profissão escolhida é motivo de orgulho. “Sou o único militar na família e eles se mostram muito satisfeitos por eu fazer parte de um órgão da segurança pública que ajuda as pessoas nos momentos mais difíceis”, relata. Para ele, ser bombeiro é gratificante, além de ser uma realização pessoal.
Bissaco pretende terminar o curso de Direito, seguir atuando na parte operacional e chegar ao nível de oficial dentro do Corpo de Bombeiros.
Reportagem: Katiane Cardoso
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