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Atirador de Novo Hamburgo era esquizofrênico e possuía armas registradas

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Edson Fernando Crippa já havia sido internado quatro vezes por esquizofrenia

Edson Fernando Crippa
Durante o ataque, Edson Fernando Crippa disparou cerca de 300 tiros. Imagem: Reprodução/Redes Sociais

O atirador de Novo Hamburgo, Edson Fernando Crippa, de 45 anos, foi diagnosticado com esquizofrenia e estava afastado do trabalho por problemas psicológicos. A informação foi confirmada na tarde desta quarta-feira, 23 de outubro, pelo secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron.

Segundo Caron, Edson Fernando Crippa possuía armas registradas legalmente. Ele tinha duas armas registradas, sendo uma no sistema Sigma, do Exército, e outra no Sinarm, da Polícia Federal. Por ser CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), ele teve de apresentar um laudo atestando que tinha condições de portar uma arma. No entanto, ele já havia sido internado quatro vezes por esquizofrenia.

“Com esquizofrenia, não é uma questão de se, mas de quando a tragédia vai acontecer. Ele tinha isso e armas em casa”, disse Caron.

“Imaginem que um homem que derrubou dois drones com uma pistola é uma pessoa que sabe atirar. Não temos noção de cursos, mas ele sabia usar o armamento”, completou o secretário Sandro Caron.

De acordo com as autoridades, Edson Fernando Crippa não tinha antecedentes criminais. Após uma rápida investigação, foi encontrado um boletim de ocorrência por ameaça, que não gerou processo.

A Polícia Civil esteve no local e já realizou algumas verificações iniciais. Edson Fernando Crippa morava com os pais no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo. Em seu quarto, foram encontrados água e Gatorade estocados, além de armas e munições.

Disparos e vítimas

Durante o ataque, Crippa disparou cerca de 300 tiros com pistolas calibres 9 mm e .380. Os disparos atingiram cerca de 12 pessoas, incluindo familiares, policiais militares e agentes da Guarda Municipal. As vítimas fatais foram Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador, e o policial militar Éverton Kirsch Júnior, de 31 anos. O irmão do atirador, Everton Crippa, de 49 anos, também morreu após ser levado ao hospital.

Desfecho do cerco

A polícia foi até a residência por volta das 23h da terça-feira, 22 de outubro. O confronto com as forças de segurança se estendeu por nove horas. Edson Fernando Crippa foi encontrado morto por volta das 8h30 desta quarta-feira, quando policiais militares entraram na residência. Ainda não está claro em que momento ele faleceu, e as investigações da perícia continuam.

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