Autor confesso de homicídio permanece em liberdade

O autor confesso do assassinato de Augusto Postal, de 62 anos, permanece em liberdade. Ele foi morto com cinco tiros no dia 13 de maio, no salão da comunidade de São Valentim. Um amigo da família, que prefere não ser identificado, entrou em contato com o SERRANOSSA, via e-mail, e relatou o drama e a insegurança que eles têm passado. O agravante é que o responsável pela morte também era irmão da vítima.

Conforme o e-mail, o autor dos disparos nunca havia ameaçado Postal, mas o desentendimento entre ambos era de longa data. “Esse problema existia há mais de 20 anos, quando o pai deles faleceu e os irmãos haviam tentado excluí-lo da herança. Ele deixou de frequentar a casa deles, mas sempre quando ia a São Valentim e encontrava os parentes por lá, conversava educadamente”, relata.

Postal residia com a esposa e o filho na região metropolitana há mais de 40 anos. O crime aconteceu durante uma visita de Augusto aos parentes da esposa em São Valentim. No seu relato, o amigo da família explica que o auge do desentendimento entre os irmãos ocorreu em função da partilha da herança, após a morte da mãe, há cerca de dois anos. “O Augusto era um homem trabalhador, dedicado à família, aos amigos, religioso, digno e honesto. A família está desolada, está tendo dificuldades em se reerguer e também não quer prestar depoimentos à imprensa no intuito de se resguardar”, descreve. Foi esse motivo, ele conta, que o levou a procurar o SERRANOSSA, evitando que o crime caia no esquecimento. “O medo é tanto que o velório foi realizado com a presença de seguranças particulares”, conta.

Os amigos de Augusto ainda não aceitam o crime e lutam para que o acusado seja preso. “Ao se apresentar na polícia, o autor declarou ter efetuado os cinco disparos e o motivo torpe pelo qual executou seu irmão, por que não está preso?”, questiona.

Liberdade

O inquérito do crime aguarda o resultado do laudo pericial para ser finalizado. “A regra geral é que um réu permanece solto até o julgamento. A prisão, antes da decisão final, é uma exceção. Nesse caso, eu pedi a prisão preventiva e o promotor Sávio Vaz Fagundes também solicitou, mas o juiz entendeu que não era necessário”, explica o delegado Leônidas Augusto Costa Reis, titular da 1ª Delegacia de Polícia. O réu responderá o crime em liberdade.


O crime

Na tarde do dia 13 de maio, por volta das 14h20, Augusto estava jogando cartas no salão da comunidade de São Valentim quando foi chamado pelo irmão para conversar do lado de fora. Após breves palavras, ainda na porta do salão, o autor disparou cinco tiros contra Augusto. Os disparos atingiram a cabeça, o peito e as costas, provocando a morte instantânea da vítima. Segundo a polícia, antes de fugir o acusado ainda ameaçou outras pessoas que estavam no salão, dizendo que quem ajudasse a vítima seria baleado. Para tanto, ele recarregou a arma logo depois de tê-la descarregado contra o irmão. O autor fugiu e somente se apresentou à polícia um dia após o crime.

 

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