O Farrapos encara o Spac neste sábado, dia 27, em São Paulo (SP), pela sobrevivência no Super 10. Uma derrota para os paulistas pode matematicamente eliminar a equipe da disputa por vaga às semifinais.
Para chegar à última rodada com chances de classificação, o time de Bento precisará vencer ou, em caso de derrota, torcer para que o Desterro não supere o vice-lanterna Rio Branco. Se Farrapos e Desterro venceram, a decisão será adiada para a última rodada, quando somente triunfo do time bento-gonçalvense contra o Niterói e derrota dos catarinenses diante do Curitiba assegurará a tão sonhada classificação.
A missão de chegar vivo à rodada derradeira, no entanto, é bastante infausta, considerando que Spac e Desterro são incontestavelmente os favoritos nas partidas deste sábado. O adversário do Farrapos é nada menos que o atual campeão e maior detentor de títulos da história do torneio, com 13 conquistas. Além disso, jamais perdeu no histórico de confrontos entre as equipes e incorporou o papel de “carrasco” do time de Bento nas últimas duas temporadas. Os clubes se encontraram três vezes na história, com três vitórias do Spac. Em 2012, os paulistas eliminaram o Farrapos nas quartas de final com vitória por 47 a 19 e, no ano seguinte, deixaram a equipe pelo caminho com triunfo na última rodada da primeira fase, novamente incontestável, por 43 a 13.
Apesar do cenário bastante desfavorável, contudo, jogadores e comissão técnica enfatizam confiança de que é possível alcançar o objetivo, baseada em prognósticos recentes que eles mesmos contrariaram e que levaram o Farrapos ao Top 5 do país em menos de cinco anos de existência. “Não é uma situação fácil, mas acreditar acho que é a bandeira do nosso clube. Todos os desafios superados pelo Farrapos foram possíveis a partir do momento em que acreditamos. Os jogadores acreditam, o clube está acreditando. É um desafio grande, sim, não será nada fácil derrotar o último campeão, ainda mais jogando na casa deles. Mas acreditamos que é possível”, ressalta o técnico e jogador, Carlitos Baldassari.
O discurso motivador do uruguaio também tem embasamento técnico. Enquanto os adversários têm apostado na tática de impor pressão ao oponente e fazê-lo errar, o Farrapos, ao contrário, vem propondo para si a iniciativa do jogo a partir de jogadas trabalhadas. Contra Curitiba e Desterro, todavia, não foi letal e cometeu erros pontuais que acabaram custando caro. A estratégia, porém, já assegurou vitórias contras grandes do rugby nacional e será um dos trunfos, também, para bater o gigante Spac neste sábado. “Não vi no Spac muita coisa diferente do que vi no Desterro e Curitiba. É um time que tenta jogar mais, sim, mas não acredito que seja nosso problema defender. Estamos defendendo bem, nos momentos em que erramos, estávamos atacando e sofremos os tries. A vitória passa por errar menos e acertar mais, os erros não são só vitais quando o outro time aproveita, mas também quando tu comete erros que não pode cometer e acaba não pontuando. Tivemos chances reais de marcar tries três ou quatro vezes no jogo, não aproveitamos e pagamos caro por isso. Passa por acertar e tentar cometer a menor quantidade de erros possíveis”, conclui Baldassari, que deverá ter todos os jogadores à disposição para o decisivo confronto deste sábado. O provável time será formado por Buba, Pequeno, Baby, Everest, Caveira, Mateus, Vini, Mauri, Scopel, Carlitos, Teco, Bigode, Javier, Civardi e Coghetto.
7ª rodada
Sábado, dia 27
Band Saracens x São José – 13h30
Spac x Farrapos – 15h
Curitiba x Armstrong Dragons – 15h30
Rio Branco x Desterro – 15h30
Niterói x Pasteur – 15h
Reportagem: João Paulo Mileski
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