O Banco de Leite Humano Ama Tacchini abriu oficialmente suas portas na segunda-feira, 10/05. O espaço, construído por meio de uma parceria com o Rotary Bento Gonçalves, tem como objetivo oferecer leite materno a todos os bebês internados na UTI Neonatal do hospital que, por algum motivo, não podem receber o alimento das próprias mães.
Apesar de a abertura oficial ter ocorrido nesta semana, o Ama já conta com 31 doadoras. A primeira foi a auxiliar de atendimento do Tacchini, Emanuele da Cruz de Oliveira. A mãe ficou sabendo do projeto quando teve seu filho no hospital, há 1 ano e 8 meses. “Ele ficou internado aqui e tinha que fazer a coleta do leite para entregar para ele. Então as meninas me falaram que, futuramente, teria o banco. Desde então, fiquei monitorando, porque queria ajudar. Coincidentemente, fui contratada há 4 meses pela instituição e uma das minhas primeiras preocupações era saber quando poderia doar, porque eu sei o quanto o leite é importante na vida dos bebês e como essa atitude pode fazer a diferença de verdade", declara.
Foto: Divulgação/Tacchini
Conforme Emanuele, o processo de doação é simples. “Fiz um cadastro rápido, coloquei uma roupa adequada, fiz a higienização e depois fui para a sala de coleta fazer a ordenha”, comenta. O processo se torna ainda mais simples após a segunda doação, que pode ser feita na casa da própria doadora. Segundo o Tacchini, a primeira doação é feita nas dependências do Ama para orientar as mães sobre a retirada e armazenamento do leite excedente. O espaço do Banco de Leite, localizado no dentro do Hospital Tacchini, possui capacidade para atender até quatro mulheres simultaneamente.
Ainda conforme o hospital, todo leite doado é analisado e passa por um rigoroso controle de qualidade antes de ser oferecido aos bebês internados na UTI Neonatal do Tacchini. São avaliados o aspecto do leite, sua forma de transporte e armazenamento, seu volume e até mesmo a quantidade de gordura presente em cada amostra, uma vez que alguns bebês podem possuir restrições alimentares. Somente depois de tudo isso, ele é pasteurizado e congelado, passando a ter validade de até seis meses.
“Eu resolvi doar porque já estiver no lugar das mães que têm seus bebês na UTI, já passei por todo processo de retirar o leite e, muitas vezes, acaba não sendo suficiente, sendo preciso complementar com a fórmula. E quem amamenta sabe o quão importante é o leite materno para o desenvolvimento dos bebês. Então essa é uma forma de confortar as mães, sabendo que terão um leite realmente bom para seus filhos”, comenta Emanuele.
Foto: Divulgação/Tacchini
A Coordenadora Corporativa de Serviços do Tacchini, Fernanda Dalle Laste, ressalta a importância da doação: “É um ato de amor. O aleitamento materno é a primeira oportunidade que toda mãe tem de oferecer saúde e segurança para seu filho e com o banco de leite humano vamos conseguir auxiliar a mãe e o bebê nessa jornada. Queremos promover a qualidade de vida, iniciando com o alimento ideal desde as primeiras horas de vida. Esse projeto vai fazer a diferença na vida de muitas famílias”, afirma.