Banco de sangue tenta manter doadores constantes
Com uma média mensal de 500 transfusões por mês, a demanda por doações de sangue é ininterrupta em Bento Gonçalves. Complicações decorrentes de câncer e acidentes de trânsito são os quadros que mais causam a necessidade, porém, com as festas de final de ano, chegam outros agravantes: enquanto aumentam as ocorrências de acidentes com fogos, o número de doadores cai com as saídas de férias.
A média mensal de doações em 2014 é menos de um terço do número de bolsas utilizadas: cerca de 150 por mês. Mesmo assim, o Hospital Tacchini não tem registrado falta para transfusões. Devido a uma determinação do Hemocentro de Caxias do Sul em 2010, o sangue coletado no hospital em Bento é destinado a pacientes não usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Pacientes do SUS atendidos no município devem repor as bolsas diretamente em Caxias do Sul. “Se há necessidade, pacientes do sistema público podem utilizar o estoque do particular e vice-versa, mas pagamos por isso”, explica o gerente de operações da instituição, Dilnei Garate.
O movimento na sala de coleta foi intensificado na última terça-feira, dia 25, Dia Nacional do Doador de Sangue. Zuleide Schuck Dalla Vecchia, moradora de Carlos Barbosa, veio a Bento para doar. “Já tive familiares, avós e tios, que precisaram de doações, por isso sei como é importante. Só faz me sentir bem”, afirma. O prefeito Guilherme Pasin também aproveitou a data para fazer sua doação, pela primeira vez. “Não dói nada, é igual a fazer exame de sangue”, garante.
O medo da dor ou receio de passar mal, ou mesmo dúvidas sobre a assepsia dos materiais utilizados são os impeditivos mais frequentes para o processo. Os profissionais do setor tranquilizam os pacientes quanto a essas questões e se prontificam para esclarecimentos. “Temos que criar isso por hábito, nunca sabemos quando vamos precisar”, recomenda o técnico agrícola Diego Moro, que também doou nesta semana e conta que precisou de doações após um acidente de trânsito quando criança. “Na primeira vez, senti um pouco de desconforto depois de doar. Hoje, estou me sentindo bem. Missão cumprida”, completa, ao terminar sua doação.
Atendimento
A coleta de sangue no Hospital Tacchini é feita de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30. Também é feita no primeiro sábado do mês mediante agendamento.
Tempo do procedimento
Antes da doação, são feitos exames de triagem para detectar algumas doenças. O cadastro, entrevista, coleta e hidratação levam, no total, cerca de 40 minutos. Homens podem doar novamente após dois meses e mulheres, após três.
Saiba mais
Para doar é preciso: apresentar documento com foto; estar em boas condições de saúde; ter de 18 a 67 anos de idade; peso mínimo de 50kg; não apresentar risco para Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs); evitar alimentos gordurosos nas 3 horas anteriores ao processo; não fumar 1 hora antes da coleta; não ingerir bebida alcoólica nas últimas 12 horas; não ter feito tatuagem no último ano;não ter feito nenhuma vacina no último mês; e não estar grávida ou amamentando.
Reportagem: Priscila Pilletti
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