Banheiros nos shoppings são alvo de vandalismo

O desrespeito dos usuários dos banheiros públicos ficou evidente após reportagem publicada na última edição do SERRANOSSA. A visita aos três banheiros públicos em praças recém-reformadas de Bento Gonçalves (Rui Lorenzi, no bairro Cidade Alta, Vico Barbieri e Walter Galassi, no Centro) constatou que atos de vandalismo se multiplicam nesses espaços. Entretanto, a depredação não é restrita aos sanitários públicos. Banheiros localizados em shoppings também sofrem com o problema.

Paredes e portas riscadas; papel higiênico usado jogado no chão ou no vaso; necessidades fisiológicas feitas no chão; tampas de vasos quebradas; roubo de rolos de papel higiênico; secadores de mão, hidras e trincos quebrados. Esses são alguns exemplos de vandalismo que podem ser verificados nos dois shoppings da cidade. “Por incrível que pareça, o desrespeito é maior no banheiro feminino. Há o caso de meninas que lavam a cabeça na pia, pintam o cabelo e até tiram as roupas para se lavar”, comenta a coordenadora de marketing do Shopping Center Bento Gonçalves, Laureane Bolesina. Segundo ela, em alguns casos de vandalismo a polícia chegou a ser acionada através de registro de boletim de ocorrência.

“Fica difícil tomarmos medidas coibitivas. A única solução seria contratar um funcionário para ficar vigiando o interior dos banheiros de forma permanente. Porém, o custo é muito alto, o que inviabiliza a ação”, observa o gerente administrativo do L’América Shopping Center, Nelson Casarin Júnior. No Shopping Bento, os banheiros do primeiro andar estão fechados temporariamente para manutenção, devido aos atos de vandalismo. Para evitar mais depredações, outras medidas tiveram que ser tomadas. “Tivemos que investir em suportes de aço com chave especial. Além disso, colocamos alarmes nos secadores de mão”, comenta Laureane.

Por estarem localizados em propriedade particular, a limpeza é mais frequente do que nos banheiros públicos, o que faz com que os usuários nem sempre percebam o desrespeito. Além disso, as administrações dos dois shoppings garantem que tentam fazer os consertos da forma mais rápida possível. No caso do L’América Shopping Center, a reposição dos materiais de higiene e a limpeza são realizados a cada meia hora. A medida não evita a depredação, mas, ao menos, deixa o ambiente com um odor mais agradável que o dos sanitários localizados nas praças. Embora os atos de vandalismo sejam frequentes, as administrações dos dois shoppings não sabem estimar o prejuízo financeiro. 

 

Carina Furlanetto

 

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