Barracão busca o improvável

A missão que já era difícil se tornou ainda mais improvável. Após derrota por 1 a 0 no jogo de ida da final da 16ª Libertadores do Nordeste, o Barracão encara o Ferroviário neste domingo, dia 28, a partir das 14h45, precisando contrariar todos os prognósticos para levantar pela primeira vez a taça da principal competição de futebol amador da região.

Vencer o tarimbado time paduense em qualquer circunstância já é uma tarefa bastante desafiadora, considerando o elenco recheado de ex-profissionais que conduziram a equipe ao tricampeonato nos últimos três anos. O título do Barracão, no entanto, passa por uma epopeia. Cabe ao time de Bento a incumbência de derrotar o Ferroviário no Travessão Curuzu, em Nova Pádua, onde a equipe não perde pela Libertadores desde 2010. Mais do que isso, precisará contrariar o retrospecto desfavorável contra o rival. Nas duas vezes em que as equipes se enfrentaram na Libertadores deste ano, foram duas vitórias dos atuais tricampeões. Na última delas, o Barracão ficou imobilizado diante da rígida marcação adversária e nem mesmo as cerca de 1.500 pessoas que lotaram o estádio Ilha Verde e os quatro atacantes – Tessaro, Sandro Sotilli, Giba e Felipe – acionados pelo técnico Fernando Agostini nos últimos minutos, além da inferioridade numérica do Ferroviário – ficou com um a menos durante mais de 30 minutos após a expulsão de Gavião –, foram o bastante para evitar a derrota por 1 a 0.

Na contramão às dificuldades que vêm sendo projetadas, contudo, o discurso é de esperança. A confiança está baseada, primeiro, na boa campanha do Barracão ao longo da competição. O time de Bento já apresentou atuações muito mais inspiradas que aquela do primeiro duelo da final, sobretudo individualmente. Além disso, conta com jogadores acostumados à reverter decisões, como os ex-profissionais Sandro Sotilli, Felipe e Patrício. “Eu respeito a equipe deles, mas o Barracão já mostrou que tem condições, fez uma bela campanha na primeira fase e não é porque perdemos por 1 a 0 aqui que o Ferroviário é superior. Não é não, é uma equipe qualificada e tem jogadores ótimos, assim como o Barracão”, ressalta Agostini, que também prevê um contexto mais favorável à sua equipe em Nova Pádua. Ele acredita que, mesmo com a vantagem, o fator local tornará o adversário naturalmente menos acuado, o que possibilitará ao Barracão mais espaços no setor ofensivo, diferentemente do primeiro duelo, quando o atacante Giba, artilheiro da competição com sete gols, ficou insulado entre os defensores e pouco ou nada pôde fazer.

Outras fagulhas de esperança são as baixas do Ferroviário. O meia e capitão Lauro, assim como o atacante Gavião, autor do gol no confronto de ida e que divide a artilharia com Giba, estão suspensos e por isso não poderão atuar neste domingo.

A experiência e qualidade do elenco bento-gonçalvense e os desfalques do time de Nova Pádua não compensam o favoritismo dos donos da casa, mas endossam a confiança dos visitantes. Ainda que a missão é improvável, os jogadores e comissão técnica enfatizam: não é impossível. “Vamos para Nova Pádua com a cabeça erguida, nosso grupo tem muita qualidade e acima de tudo caráter e espírito de campeão. Temos totais condições de vencer lá, o grupo sabe que pode mais, todos estamos focados e mobilizados para este jogo, o que não deu certo em casa vai dar lá a nosso favor. Tenho certeza que voltaremos campeões”, expressa o lateral-direito e capitão, Anderson Frapa.  

Todos os campeões

Cruzeiro (Flores da Cunha) – 1993

Rosário (Pinto Bandeira) – 1994

São Cristóvão (Flores da Cunha) – 1995

Cruzeiro (Flores da Cunha) – 1996

São Cristóvão (Flores da Cunha) – 1997

São Cristóvão (Flores da Cunha) – 1998

Progresso (São Marcos) – 2006

Paranaguá (Nova Roma do Sul) – 2007

Progresso (São Marcos) – 2008

Paranaguá (Nova Roma do Sul) – 2009

Ipiranga (Veranópolis) – 2010

Paranaguá (Nova Roma do Sul) – 2011

Ferroviário (Nova Pádua) – 2012

Ferroviário (Nova Pádua) – 2013

Ferroviário (Nova Pádua) – 2014

*Entre 1999 e 2005 a competição não foi disputada. 

 

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