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Barragem São Miguel, em Bento, tem menor nível de água desde a sua inauguração

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A chuva prevista para o mês de abril era a esperança para diversos municípios gaúchos que vêm enfrentando uma das piores secas dos últimos anos. O que era para ser um mês chuvoso, entretanto, acabou se transformando em um período ainda mais delicado para o Rio Grande do Sul. Até o momento, em Bento Gonçalves foram registrados apenas 8,8mm de chuva. Com isso, a barragem de São Miguel atingiu a pior baixa desde a sua inauguração, em 2005, de acordo com dados apurados pelo SERRANOSSA. Segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), a estrutura está 5 metros abaixo do nível normal. “A gente tem água pelos próximos 20 a 30 dias, no máximo. Fora isso, vamos ter que começar a racionar”,  afirma o gerente da Corsan, Marciano Dal Pizzol.

A barragem é responsável por 75% do abastecimento do município. A estrutura tem 2,8 milhões de metros cúbicos de água, equivalente a uma área alagada de 36 hectares. “Precisamos que chova mais de 100mm para ficarmos bem”, complementa Dal Pizzol.

Em junho de 2012, o volume chegou a ficar dois metros abaixo do normal – a pior marca nos primeiros 7 anos de funcionamento da barragem. A situação acabou se normalizando nas semanas seguintes, quando choveu 91,7mm em apenas quatro dias (clique para relembrar).


Foto: Divulgação/Corsan

 

Ações de prevenção

Para minimizar os efeitos da estiagem, a Corsan tem investido em algumas ações de prevenção, como o desassoreamento do arroio Barracão – que atende os outros 25% da demanda de água em Bento , removendo o lodo depositado ao fundo do arroio, a fim de aumentar o volume de água. “A gente está finalizando o desassoreamento e já baixamos o nível da água em torno de dois metros. O que tinha embaixo era puro lodo”, afirma o gerente.

Ainda segundo Dal Pizzol, a Corsan tem investido em pesquisas de vazamento e na substituição de hidrômetros, para reduzir o desperdício de água. “Também tenho feito uma campanha junto à comunidade e vamos divulgar um vídeo nos próximos dias, para conscientizar mais pessoas para o consumo consciente, porque a nossa situação de fato pode ficar bem ruim enquanto não chover”, finaliza.