Bento afirma que seguirá o calendário estadual de retorno às aulas

O governo do estado do Rio Grande do Sul apresentou na manhã desta terça-feira, 01/09, um novo cronograma de datas para retorno das aulas presenciais no Estado. De acordo com a proposta, a Educação Infantil poderia retornar a partir do dia 8 ou 15 de setembro, de acordo com a vontade de cada município. Já no dia 21 de setembro, as aulas no Ensino Médio e Superior também poderiam retornar. Os anos iniciais do Ensino Fundamental voltariam no dia 28 de outubro e, o restante, no dia 12 de novembro. A data, entretanto, será diferente para a Rede Estadual de Ensino. Essa, de acordo com o estado, retornará apenas no dia 13 de outubro. 

De acordo com o presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), José Carlos Breda, a partir da nova proposta os municípios e escolas poderão decidir quando e de que forma as aulas serão retomadas. Por outro lado, os pais/responsáveis terão a liberdade para definir a presença dos alunos nas atividades presenciais.

A prefeitura de Bento Gonçalves já se posicionou afirmando ser favorável ao retorno presencial, seguindo o cronograma do estado. Agora, a secretaria municipal de Educação está finalizando os protocolos para serem aplicados no retorno, a fim de garantir organização e segurança aos estudantes, professores e funcionários. 

Para tanto, as escolas poderão retomar as atividades utilizando 50% das salas de aula, em dias alternados, priorizando a presença dos alunos que possuem dificuldades de aprendizagem ou de acesso ao ensino remoto.

Famurs é contra o retorno

A Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) manifestou, mais uma vez, que não é favorável à volta às aulas neste momento.

Para a entidade, o estudo apresentado pelo Executivo não levou em consideração o estágio da pandemia no estado, na comparação com outros estados brasileiros e países, e não considerou um programa efetivo de testagem. Em sua explanação, o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, argumentou que ainda não há uma estrutura mínima para garantir que os protocolos sejam cumpridos. “O Estado, que deveria ser o primeiro a nos dar segurança, só vai retornar daqui a 45 dias. Nós, municípios, teremos que fazer o experimento, o teste e correr o risco de ter alunos contaminados, enquanto o Estado espera e, se tudo der certo, voltar em 45 dias. Mais uma vez a responsabilidade fica com os prefeitos e prefeitas” reprovou. 

Segundo o presidente da Famurs, o calendário apresentado não é aplicável. “Se é para voltar, que Estado e municípios voltem ao mesmo tempo. É uma injustiça fazer com que prefeitos e prefeitas tenham essa responsabilidade em um ano de eleição e sofram pressão dos pais, uma vez que a rede estadual voltaria e a municipal não”, justificou Maneco.  

A Famurs também reforçou que o calendário de retorno deveria ser invertido, não começando pelas crianças de 0 a 5 anos. Desta forma, a rede estadual retornaria primeiro.

Confira o calendário proposto pelo Governo do Estado para as instituições públicas e privadas, o qual será anunciado oficialmente e poderá sofrer alterações nas datas e categorias:

– Educação Infantil: 08 ou 15 de setembro
– Ensino Médio e Superior: 21 de setembro
– Ensino Fundamental – anos finais: 28 de outubro
– Ensino Fundamental – anos iniciais: 12 de novembro
– Aulas na Rede de Ensino Estadual: 13 de outubro

 

 

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