Bento comemora bons resultados no Idese

A Fundação de Economia e Estatística (FEE) divulgou na última quinta-feira, dia 3, os resultados do novo Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese), que avalia municípios e regiões do Rio Grande do Sul. A série atual é referente a dados de 2007 a 2010.

Os resultados de Bento Gonçalves foram positivos. Em 7º lugar no ranking geral, a cidade é a melhor entre os municípios com população acima de 100.000 habitantes e, junto com Porto Alegre, tem índice de desenvolvimento considerado alto. Segundo o Idese, o resultado de Bento foi puxado principalmente pelo excepcional desempenho nos indicadores de Saúde (0,893), embora os resultados de outros blocos também tenham sido satisfatórios. Porto Alegre, segundo colocado, atingiu índice de 0,807, pouco acima de 0,800, particularmente por seu desempenho no Bloco Renda (0,886).

De acordo com o novo Idese, os três municípios com melhor índice de desenvolvimento socioeconômico no Estado, com os dados obtidos até 2010, são: Carlos Barbosa (0,848), Aratiba (0,835) e Nova Araçá (0,834). Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, os melhores colocados são Bento Gonçalves (0,816), Porto Alegre (0,807) e Santa Cruz do Sul (0,792).

Carlos Barbosa lidera o ranking do novo Idese em 2010, com índice de 0,848. O município, que tinha 25.192 habitantes naquele ano, conforme a FEE, é caracterizado por apresentar altos indicadores em todas as áreas avaliadas pelo Idese. Destaca-se seu desempenho no Bloco Renda, com índice 0,873, levando-o a ocupar a terceira colocação no ranking desse bloco. A primeira posição no ranking geral obtida pelo município é também apoiada pelos bons resultados encontrados nos Blocos Educação (25ª posição, com 0,766) e Saúde (8ª posição, com 0,905).

Como a pesquisa foi feita

Os números foram calculados com base em uma mudança de metodologia proposta pelos técnicos da FEE, que utilizaram indicadores diferentes dos que eram aplicados até 2007, ano de divulgação do último resultado. “Entendemos que muitos indicadores estavam desatualizados, não respondiam mais com qualidade à realidade dos municípios”, explica o pesquisador Rafael Bernardini, coordenador do Núcleo de Indicadores Sociais e Ambientais da FEE, que coordenou a reformulação.

O novo índice define como indicadores centrais os níveis de Educação, Saúde e Renda, e, de acordo com os técnicos, não pode ser utilizado para comparações com o Idese anterior, com estatísticas de outros Estados, ou com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Municipal, que aponta a situação dos municípios de todo o país.  “É importante destacar que o objetivo da nossa pesquisa é diferenciar os municípios e regiões gaúchas entre si, para orientar políticas públicas e a distribuição dos recursos”, ressalta o presidente da FEE, Adalmir Marquetti.

Com a nova metodologia, foram incluídos no item Educação os resultados de matrícula na pré-escola e a nota da Prova Brasil, destinada à avaliação do ensino fundamental. No item Renda, foi diferenciada a renda gerada pelo município da que é efetivamente apropriada por domicílio. E no item Saúde, foi acrescentada a taxa de mortalidade por causas evitáveis e mal definidas. “São mudanças que resultam em indicadores não aplicáveis aos demais estados, por apresentarem uma qualidade superior de avaliação, e não somente números quantitativos”, afirma o pesquisador Thomas Kang, da equipe responsável pela mudança metodológica.

As informações completas da pesquisa podem ser acessadas no site da FEE: www.fee.rs.gov.br

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