Bento desenvolve equipamento capaz de descontaminar máscaras N95 e aventais de TNT

Com a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) por profissionais de saúde teve um grande aumento em todo o mundo. Diante da falta de equipamentos como máscaras profissionais no mercado, algumas iniciativas para prolongar o uso desses materiais passaram a ser estudadas. 


 

O Instituto Nacional de Saúde (NIH), por exemplo, anunciou que pesquisadores confirmaram a eficiência de alguns métodos de descontaminação dos respiradores (máscaras) N95 usados por profissionais da saúde, para que possam ser reutilizados. Uma parte substancial da pesquisa já mostrou que as máscaras projetadas para uso único podem ser usadas mais de uma vez durante uma crise. Em março, o Centro de Controle de Doenças autorizou a reutilização devido à escassez causada pela pandemia da COVID-19.

Nas últimas semanas, o Food and Drugs Administration (FDA, agência sanitária americana) emitiu aprovações de emergência para vários sistemas de descontaminação de máscaras.

Em Bento Gonçalves, a Coordenadora do Setor de Saúde Bucal da Secretaria da Saúde, Giovana De Bacco buscou alternativas para que a descontaminação pudesse ser realizada, garantindo EPIs para os profissionais da cidade. "Precisávamos de soluções, que nos auxiliassem na desinfecção destes materiais, e as pesquisas nos mostraram que isso era possível, e a partir de agora poderemos fazer esse trabalho na cidade", disse.

Em apenas dois dias, em parceria com a empresa Maquinapack, foi criado um equipamento capaz de descontaminar máscaras N95 e aventais de TNT por meio do método de ciclos de calor seco – os materiais são submetidos a 70 graus Celsius ou 158 graus Fahrenheit pelo período de 30 minutos. Os equipamentos que serão descontaminados pelo equipamento são aqueles utilizados pelos profissionais da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA 24h) do bairro Botafogo. 

Foto: Giovana de Bacco