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“Bento é uma cidade que pertence ao mundo”

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Descontraído, o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, iniciou seu discurso confessando ter sido encarregado de fazer uma cobrança pública ao prefeito de Bento Gonçalves, Roberto Lunelli. Na ocasião da assinatura de convênio entre o governo federal e o município, para implantação do programa Minha Casa, Minha Vida, o prefeito prometera a Lula uma garrafa de vinho para cada unidade habitacional construída em Bento com recursos do programa. “O presidente Lula me ligou ontem e pediu para que eu cobrasse do prefeito Lunelli o vinho”, brincou.

Uma região, para ser forte, tem que ser conectada com aquilo que ocorre em todo o mundo – o que, segundo o governador, foi feito em Bento Gonçalves. “Bento hoje não é uma cidade da Serra ou do Rio Grande do Sul. Mas um local que pertence ao mundo. Isso se deve ao esforço de gerações, da agricultura familiar, daqueles que se tornaram empreendedores, dos trabalhadores, dos intelectuais”, enumera.

Citando a necessidade de coesão política no estado, Tarso Genro comparou o volume de negócios da Fimma com o valor que girou em outra importante feira gaúcha. “Conforme o que me foi passado, serão negociados aqui em torno de R$ 310 milhões – aproximadamente o mesmo valor da Expodireto com agricultura de precisão, outro polo de desenvolvimento do estado que também merece atenção”, afirma. “Precisamos trabalhar para que a voz do Rio Grande volte a ser uma voz potente nessa nação”, acrescenta.  

No que diz respeito à relação do governo estadual com a presidência da república, Tarso garantiu que sua relação pessoal de amizade com a presidente Dilma Rousseff não determinará os investimentos e serem feitos no estado. “O valor alocado aqui sai de algum outro lugar e nós temos que merecer. Queremos estar em um novo patamar de civilidade pessoal e produtiva”, conclui.

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