Após quatro meses de desempenho negativo, Bento Gonçalves alcançou uma marca animadora para o mercado de trabalho em julho. Foram 1,3 mil admissões e mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 228 empregos formais no período. O acréscimo é de 0,59% em relação ao mês anterior. Os dados foram levantados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia (ME), e avaliados pelo Observatório de Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
O resultado positivo colocou Bento Gonçalves na primeira posição da geração de empregos na região da Serra Gaúcha, seguido de Carlos Barbosa, Flores da Cunha e Garibaldi.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Milena Bassani, um dos motivos que levou o município a esse dado positivo foi a resiliência e inovação dos empresários, que fizeram investimentos mesmo em meio à pandemia. "Tivemos também a questão da regularização de pessoas que trabalhavam na informalidade. O fato das indústrias não terem fechado e apenas reduzido por um período também contribui para esse aumento", analisa.
A Indústria foi o setor que mais se destacou entre os 38,7 mil postos formais registrados em julho no município. O setor registrou a criação de 342 empregos, marcando um aumento de 2,04% do nível de empregos nesse. Por outro lado, o segmento de Serviços continuou apresentando o maior saldo negativo, com 96 empregos encerrados – um decréscimo de 0,74% em relação ao mês anterior.
Ainda conforme os dados do CAGED, a criação de empregos em julho de 2020 em Bento Gonçalves foi maior do que aquela registrada em 2019. Mesmo assim, o acumulado do ano continua evidenciando os prejuízos gerados pela pandemia do Coronavírus. Até o momento, houve fechamento de 978 empregos, contra 602 postos formais criados no mesmo período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, o município registrou mil empregos encerrados.