Bento Gonçalves e Farroupilha passam a integrar o RS Seguro

Bento Gonçalves e Farroupilha passaram a integrar o RS Seguro – programa do estado que visa elaborar ações estratégicas no combate da criminalidade. Dessa forma, a iniciativa agora contempla 23 municípios, priorizados devido aos altos índices de criminalidade. O anúncio da inclusão desses municípios, além de Cruz Alta, Ijuí e Lajeado, foi feito na tarde de quarta-feira 01/07, em videoconferência entre o vice-governador e o secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, com prefeitos das cinco cidades.

A partir dos resultados alcançados em 2019, que encerrou com os menores indicadores criminais da década, o comitê executivo do RS Seguro qualificou os critérios técnicos para a escolha dos municípios a serem priorizados, de forma a refletir o cenário mais recente da criminalidade no Estado.

“Depois do sucesso em intensificar o combate ao crime nos municípios que concentravam os maiores índices de violência da última década, queríamos avançar com essa estratégia naqueles em que a violência se faz mais presente no contexto atual. Isso vai nos permitir dar respostas mais incisivas nos locais onde os homicídios ainda estão em nível elevado”, explicou o vice-governador Ranolfo.


 

Para isso, foram realizadas três simulações de ranqueamento pela incidência de crimes violentos letais intencionais (CVLI). A primeira manteve os critérios da pesquisa que selecionou os 18 municípios iniciais, mas reduziu alguns parâmetros. Os períodos observados foram 2010 a 2019 (últimos 10 anos) e de 2015 a 2019 (últimos 5 anos), e a população mínima considerada foi reduzida de 65 mil para 60 mil moradores. O ponto de corte da média anual de mortes violentas baixou de 50 para 25 mortes, e o critério da taxa de vítimas para cada 100 mil habitantes também foi diminuído, de 30 para 25.

A segunda simulação usou esses mesmos critérios reduzidos, mas também encurtou os períodos avaliados, analisando apenas dados de 2018 a 2019 somados (últimos dois anos) e os do ano passado isoladamente (último ano).

Por fim, a terceira simulação também utilizou esses dois períodos mais recentes (2018 a 2019 somados – últimos dois anos – e os do ano passado isoladamente – último ano), mas selecionou somente os municípios em que as taxas de CLVI para cada 100 mil habitantes fossem superiores às médias do Estado nos últimos dois anos (2018-2019: 21,1 mortes para cada 100 mil habitantes) e no último ano (2019: 18,4 mortes para cada 100 mil habitantes).

Foto: Rodrigo Ziebell / SSP