Bento Gonçalves fechou agosto com 50.837 pessoas empregadas formalmente

Dados do OECON-CICBG mostram que Bento Gonçalves fechou agosto de 2025 com 50.837 pessoas empregadas

Bento Gonçalves fechou agosto com 50.837 pessoas empregadas formalmente.
Uma verdade sobre a Capital do Vinho: aqui só não trabalha quem não quer. Foto: Diogo Zanetti/Arquivo SERRANOSSA

Bento Gonçalves registrou 50.837 pessoas empregadas formalmente em agosto, marcando o maior índice da série histórica do Boletim Observatório Econômico, elaborado pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento (OECON-CICBG). Esse resultado representa uma alta de 3,8% em relação ao número de empregados no final do ano passado.

No entanto, especialistas alertam para um ponto de atenção no setor industrial nos próximos meses. Fabiano Larentis, do Programa de Pós-Graduação da UCS e responsável pelo estudo, destaca que será necessário acompanhar os efeitos das taxas dos Estados Unidos sobre as exportações locais, que já começam a refletir nos números do setor em agosto.

Segundo Larentis, a tendência é que o total de empregos em setembro gire em torno de 50,7 mil postos na cidade.

Mesmo com o maior saldo positivo de vagas entre janeiro e agosto (793) entre todos os setores da economia local, a Indústria registrou saldo negativo de 44 vagas em agosto. As indústrias de móveis (-29) e de borracha e plástico (-16) foram os segmentos com menor geração de empregos no mês. No acumulado do ano, a indústria de móveis manteve saldo positivo de 186 vagas, ficando atrás apenas da indústria de alimentos, que gerou 309 novos postos de trabalho.

Apesar desse desafio, Bento Gonçalves fechou o mês com saldo positivo de 114 vagas e acumula 1.843 novas oportunidades no ano, consolidando-se como o 10º município gaúcho com maior geração de empregos. A variação representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. No Rio Grande do Sul, a alta foi de 32,7%, enquanto o Brasil registrou queda de 13,8%.

O destaque positivo vem do setor de Serviços, que retomou seu crescimento após as cheias e deslizamentos de 2024. Em agosto, o setor gerou 86 vagas na cidade, e acumula 653 no ano. Essa recuperação se traduz na maior variação positiva entre os setores analisados, de 832,9%, refletindo a recuperação pós-inundações. O segmento de alojamento, um dos mais afetados no ano passado, registrou saldo de 31 vagas em agosto e já soma 125 postos de trabalho no acumulado anual. Tecnologia da informação (29) e educação (24) também contribuíram para o bom desempenho do setor.

Bento Gonçalves alcançou o oitavo mês do ano como o 5º município com maior geração de empregos na Construção Civil, com 282 vagas acumuladas, alta de 29,4% em relação ao ano passado. Por outro lado, a cidade apresenta menor período de permanência dos trabalhadores antes da demissão, com média de 14,9 meses, abaixo da média estadual e nacional. A Agropecuária, influenciada pela sazonalidade das safras, puxa esse índice para baixo, com tempo médio de permanência antes do desligamento de apenas 1,1 mês.

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