Bento Gonçalves recebe certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV

Entre os dados que certificaram o Município, estão o de não ter nenhuma criança infectada pelo HIV desde o ano de 2005 devido à transmissão vertical

Foto: Vinicius Marinho/Fiocruz

Bento Gonçalves recebeu, na sexta-feira, 08/12, a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, em consonância com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A solenidade foi realizada em Brasília pelo Ministério da Saúde.

O trabalho da rede de saúde envolve a realização de todos os exames para diagnóstico durante o pré-natal e o acompanhamento. Entre os dados que certificaram o Município, estão o de não ter nenhuma criança infectada pelo HIV desde o ano de 2005 devido à transmissão vertical. Em 2020, foram registradas 8 gestantes com o vírus, todas acompanhadas pela rede da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Além disso, foi registrada 100% de cobertura de gestantes com pelo menos um teste para HIV no pré-natal e 100% de cobertura de gestantes vivendo com HIV/AIDS em uso de terapia antirretroviral (Tarv), indicado para prevenir a transmissão da doença para o bebê.

Na cobertura mínima de quatro consultas no pré-natal, em que é esperado mínimo de 95%, o Município obteve 97,7% em 2020. 

A coordenadora do SAE/CTA, Adriana Cirolini, destacou que “isso reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce, da realização dos testes rápidos. Toda a atenção no pré-natal nas unidades de saúde e materno nos fazem que possamos colher o fruto de toda a dedicação. E claro, o apoio dos gestores que se empenham nas políticas públicas e no cuidado a população”, afirmou.

O prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira parabenizou a equipe da Secretaria da Saúde “temos um serviço que é referência. Todo o atendimento realizado em Bento Gonçalves que tem esse cuidado com a gestação, o nascimento e acompanhamento na vida adulta. Estamos muito contentes em receber essa certificação”, destacou.

Número de casos no município

Desde 2016 tem se observado que o número de pessoas que desenvolvem a AIDS vem reduzindo. Isso se deve à mudança no protocolo de tratamento da infecção que, desde 2012, passou a recomendar o uso dos antirretrovirais para todas as pessoas portadoras do vírus HIV, e, não apenas para os doentes, como vinha ocorrendo, até então.

O tratamento precoce ajuda a evitar que os infectados pelo HIV desenvolvam a doença, o que, progressivamente, acaba por reduzir o número de doentes. Entretanto, vale lembrar que, embora o tratamento seja efetivo para evitar a progressão do vírus, ele ainda não cura a infecção pelo HIV.