Saindo da discussão e partindo para a ação. Esse é o lema do Instituto Virada Feminina de Bento Gonçalves, lançado na segunda-feira, 08/03, Dia Internacional da Mulher. O projeto nacional criado pela empresária Marta Lívia Suplicy tem o intuito de unir os setores público e privado da sociedade em prol do empoderamento feminino. Em Bento, o Instituto foi trazido pela advogada e hoje presidente do movimento, Bruna Marin Rossatto, após o resultado das eleições municipais ter abalado diversas mulheres do município. “Sem mulheres eleitas, muitas pessoas nas redes sociais entraram em contato relatando sua indignação”, recorda.
Decidida a ajudar a mudar essa realidade, Bruna entrou em contato com Marta para viabilizar a implantação do projeto no município. Dessa forma, o Virada Feminina BG trabalhará em cima de cinco eixos principais: da capacitação técnica (cursos que desenvolvam habilidades das mulheres), da violência doméstica (ações que coíbam a violência contra as mulheres), do empreendedorismo (ações que estimulem e auxiliem o empreendedorismo feminino para o efetivo empoderamento), da política (ações que estimulem e capacitem as mulheres para cargos políticos e de poder) e da oportunidade/paridade (união de homens e mulheres na busca de mais oportunidades e paridade).
A partir desses eixos, foram formados grupos de trabalho que terão como objetivo fomentar cada um dos pontos citados acima. O grupo de capacitação técnica será coordenado por Ketlyn Monbach; o de violência doméstica por Franciele Sonaglio; o de empreendedorismo por Thais Bernard; o de Mais Mulheres na Política por Lucilene Marchi e o Eles por Elas por Thiago Fabris. “O Virada Feminina é uma associação de mulheres, homens e entidades que querem dar voz e vez às mulheres. As ações são de fato voltadas para a efetividade. Eu acredito que a discussão é importante, mas nós precisamos ser mais ativas. Mais efetivas dentro da sociedade. E os eixos que eu escolhi são as formas efetivas de buscar o empoderamento feminino”, comenta Bruna.
Para se associar
O valor da mensalidade para participar do Instituto é de R$ 20,00, possibilitando que a pessoa interaja com cada integrante e cada projeto com o objetivo de melhorar a condição de vida das mulheres. “Também, caso você possua um serviço para oferecer como um curso, por exemplo, poderá ofertá-los e ganhar mais clientes. Da mesma forma, participando do VF, você usufruirá de descontos dos serviços dos outros associados”, destaca o instituto.
Os interessados podem entrar em contato pelo Instagram do IVFBG (@viradafemininabg) ou diretamente com a coordenadora Julia Ferreira pelo telefone (54) 99688-9828.
Mesmo com menos de uma semana de atuação, o Virada Feminina BG conseguiu mobilizar o vereador Davi Da Rold, a fim de protocolar um projeto de lei contra o machismo, a ser aplicado nas escolas. “Nas outras áreas estamos construindo as ideias e buscando material humano para implementá-las e é por isso que você é muito importante e te queremos junto”, convida o grupo.
“Todos podem participar para dar voz, vez e luz para as mulheres que estão sonegadas da participação política e de cidadania do município de Bento”, finaliza Bruna.
Sobre o projeto
O projeto de lei protocolado pelo vereador Davi Da Rold visa criar diretrizes para desenvolver ações que visem a valorização das mulheres e das meninas, além da prevenção da violência doméstica. A ideia, conforme o projeto, é promover a capacitação de trabalhadores da educação; promover campanhas educativas; realizar debates e reflexões, entre outros aspectos. As ações deverão ter como foco as instituições de ensino públicas e privadas, a fim de levar a conscientização sobre o tema desde as séries iniciais.