“Bento perdeu uma marca ao sair da Superliga”
Na última semana, o tetracampeão da Superliga, Carlos Alberto Villar Castanheira, o Cebola, esteve no Ginásio Municipal de Esportes para ministrar uma oficina para as categorias de base do Bento Vôlei. Técnico do adulto nas temporadas 2004/2005 e 2005/2006, quando o clube conseguiu seus melhores resultados na Superliga, 5º e 6º lugares, respectivamente, ele acredita que a cidade perdeu uma referência sem a marca do voleibol.
“Lá no centro do país, quando falam em Bento, pensam em vinho, em móveis e só. Antes havia o voleibol, mas essa marca se perdeu com a saída do clube da Superliga. Hoje se pensa em fazer isso com o futsal. Os valores são quase os mesmos, mas a cidade perdeu dez anos com isso”, descreve. Atualmente, Cebola comanda uma empresa de consultoria esportiva, que auxilia equipes a buscarem patrocínios. Mas, mesmo sabendo que o principal motivador para a saída do Bento da Superliga foi a falta de patrocínio, ele não vê o clube como possível cliente. “Bento já fez voleibol, sabe como fazer. O projeto está pronto. Mas Bento quer fazer voleibol? Isso não sou eu que tenho que responder. Deixamos de estar na semifinal de Superliga em um ano por R$ 40 mil e no outro por R$ 60 mil. Nesta temporada, o Sesi, que tem um orçamento de R$ 13 milhões, ficou fora”, completa.
Presidente quer base
O presidente do Bento Vôlei, Edelmar Luchese, confirmou que o foco do clube, atualmente, não é retornar à Superliga. De acordo com ele, o clube encontra dificuldades até mesmo para manter as categorias de base com projetos de incentivo. “Pensamos, buscamos e fizemos contatos pensando na Superliga. Mas o que nos pedem é a garantia de título no primeiro ano, isso eu não posso dar”, completa.
Atualmente, o Bento recebe R$ 255 mil por ano através de uma parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) para manter as categorias de base. São 650 crianças divididas em seis núcleos. Apesar de não entrar em uma competição estadual há dois anos, o clube pretende voltar ao cenário nacional apostando nos garotos e garotas de Bento daqui a pelo menos seis anos.
Reportagem: Alexandre Brusa
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