Bento tem melhora na geração de empregos, mas resultado de junho é negativo
O setor de serviços é que gerou o maior número de demissões em junho, o segundo mês após as enchentes e deslizamentos de terra devastadores
A Carta Mensal do Mercado Formal de Trabalho, desenvolvido pelo Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul, aponta uma leve queda na geração de empregos em Bento Gonçalves no mês de junho de 2024 – o segundo após as graves enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio.
Segundo a Carta, Bento Gonçalves gerou 1.903 empregos, enquanto 1.910 demissões foram registradas, sendo saldo negativo de -7.
O setor de serviços é que gerou o maior número de demissões, sendo 622, contra 570 contratações (saldo negativo de -52). A construção também ficou no vermelho – 159 demissões e 126 admissões (-33). Outro setor com dados negativos foi a agropecuária, registrando -3 (4 contratações e 7 demissões).
A indústria e o comércio tiveram números positivos em junho, sendo +77 e +4, respectivamente. O setor industriário de Bento Gonçalves contratou 821 pessoas e demitiu 744. O comércio teve 382 contrações e 378 demissões.
No acumulado do ano, a agropecuária registra -11,70% na geração de vagas. Mesmo com a queda em junho, a construção é o setor que mais tem gerado empregos no ano, com 7,22%.
Rio Grande do Sul
Em junho, o Rio Grande do Sul registrou 108 mil admissões e 116 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -8 mil postos, representando um decréscimo de -0,30% sobre o estoque de empregos formais. Dessa forma, o estoque do estado gaúcho foi de 2,8 milhões de empregos com carteira assinada.
O setor de Construção foi o maior, e único, setor fomentador de resultado positivo, registrando a criação de aproximadamente 546 empregos. O setor da Indústria apresentou o pior saldo negativo, com saldo de -3.981.
O desempenho positivo do acumulado do ano deve-se majoritariamente ao setor de Serviços, que registrou a criação de 20 mil vagas. O resultado dos últimos 12 meses também foi influenciado principalmente pelo setor de Serviços, que teve 31 mil postos criados.