Bento Vôlei tenta repetir feito do Esportivo em 97

Fundado em 1999, o Bento Vôlei jamais conquistou o Campeonato Estadual, mas caso supere o Canoas na decisão deste ano, não será a primeira vez que a taça virá a Bento Gonçalves. Embrião do Bento, Esportivo colocou a cidade no topo do vôlei gaúcho em 1997.

O play-off final, contra a Sogipa, é lembrado até hoje como um dos momentos mais gloriosos do voleibol bento-gonçalvense. Treinado pelo português Francisco Ferreira, o time tinha no elenco nomes como Marcelo Haefliger, Cristiano Mattia, Tiago Sandrin, Juca Pozza, Alex Pellicioli, Juliano Lazzarotto, Cláudio Vieira, Ricardo De Gasperi, Bosco e Renato Duarte, entre outros. O capitão era Rogério Ponticelli, que mais tarde viria a ser o técnico do Bento Vôlei na Superliga. Dentinho, hoje veterano, na época era Juvenil, mas também fez parte do plantel campeão gaúcho. “Joguei alguns minutos, não lembro muita coisa. Mas me recordo que a comunidade se envolveu muito com aquela final, o ginásio estava cheio”, relata.

A primeira partida foi disputada no ginásio do Sesi. Segundo Ponticelli, que hoje vive na Inglaterra, o local estava tão superlotado que foi preciso providenciar breu para colocar na quadra, por conta da umidade. Apesar da pressão, a Sogipa venceu por 3 sets a 1 e abriu o play-off final ainda mais favorita. Porém, o Bento foi buscar o empate fora de casa. Venceu em Porto Alegre, de virada, por 3 sets a 2, e conquistou a chance de vingar-se do rival no terceiro e decisivo jogo, novamente diante do seu torcedor, mas dessa vez no Ginásio Municipal, onde a capacidade de público era maior em relação ao do Sesi. A cidade se envolveu outra vez, lotou as arquibancadas e o time não decepcionou: venceu por 3 sets a 1 (foto) e sacramentou o título histórico. “Aquela vitória coroou o comprometimento de todos. Foram tempos difíceis, eu e mais alguns atletas morávamos em Porto Alegre, treinávamos das 22h à meia-noite e depois tínhamos que encarar a viagem de volta. Mas no final de tudo isso, a torcida em pé gritando ‘é campeão, é campeão’, não tem preço. Ainda está gravado na memória de todos que fizeram parte daquela grande conquista”, conta Ponticelli. “Cidade e equipe se mobilizaram para vencer aquela final, foi como se tivéssemos conquistado um Campeonato Brasileiro. Trata-se de um momento marcante para o vôlei de Bento porque foi um título conquistado por jogadores da cidade e, além disso, foi aquela conquista que nos levou, na sequência, para a Superliga”, relembra o vereador Clemente Mieznikowski, na época supervisor do Esportivo. 

 

Reportagem: João Paulo Mileski

 

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