O Bento Gonçalves Futsal (BGF) historicamente é mais forte quando atua no Ginásio Municipal, sobretudo pela imposição ensaiada exaustivamente pelos comandados do técnico Vaner Flores na quadra de dimensões reduzidas (32mx16m contra 20mx40m na maior parte dos ginásios da Série Ouro). Desde que passou a atuar no local, em 2011, já superou alguns dos principais clubes do salonismo gaúcho, como Atlântico e Assoeva, e chegou a ficar nove partidas sem derrota, em 2013. Neste ano, novamente vem ratificando a soberania local e, pela primeira vez, pode emendar sete vitórias consecutivas.
A marca pode ser alcançada neste sábado, dia 13, diante do América, pela 10ª rodada da primeira fase da Série Ouro. A última derrota do BGF no Ginásio Municipal foi no dia 25 de outubro de 2014, pelo placar de 2 a 1, contra o Teutônia, no duelo de volta das quartas de final da Copa Lupicínio Rodrigues. De lá para cá, foram seis triunfos seguidos, um em amistoso e cinco pelo Estadual. “Os meus atletas não sabem desses números, mas sabem que o BGF se fez muito forte dentro do Ginásio Municipal. A gente conhece as dimensões da nossa quadra, e não tem equipe que venha a Bento Gonçalves e não reclame delas. Aliado a isso, o nosso trabalho é ali dentro e todo dia ele se fortalece. Esses fatores fazem com que a gente seja muito forte em casa, e eu já disse para o meu grupo: a gente pode até ser vencido, mas os caras vão ter que fazer muita força, porque a gente já entra com essa motivação a mais, com essa adrenalina a mais, de imposição, por tudo o que já foi construído”, ressalta o técnico Vaner Flores, frisando que a incumbência tática é a mesmo dentro ou fora de casa, mas naturalmente, por consequência das dimensões da quadra, a marcação é adiantada nos compromissos como mandante. “O trabalho a ser desenvolvido e que o meu grupo abraçou de forma espetacular é o mesmo, dentro ou fora de casa. Agora, claro que existem estratégias de jogo. Contra a Afusca – vitória por 7 a 4 em Cachoeirinha –, por exemplo, os caras estão na última colocação, sem vencer nenhum jogo, e a gente marcou na linha dos 10 metros defensivos, e a partir daí construímos a nossa vitória. Dentro de casa nós não conseguimos fazer isso, a gente tem um ímpeto muito grande, a gurizada se impõe muito, e com a quadra menor, a gente marca dentro dos caras. Pelo tamanho da quadra, ao mesmo tempo em que a gente marca, a gente finaliza”, conta.
Diante do América, a imposição local terá que compensar a falta de reposição. O clube novamente precisará acionar atletas da equipe juvenil para completar o mínimo de 12 jogadores relacionados à partida, conforme exigência da Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS). Após o pedido de dispensa do ala Rafael e o beque Jefferson ter fraturado o tornozelo, o grupo principal foi reduzido a 11 jogadores. Neste sábado, poderá ter apenas nove, já que os beques Paulo Renato (foto) e Fernandinho ainda se recuperam de lesão e não devem atuar. O grupo bastante enxuto tem interferido diretamente nos treinos e, por consequência, também vem forçando novas estratégias. “Eu perco a intensidade do trabalho, mas tem outro lado que eu vejo como positivo, eu dou um descanso legal para esses caras e também estou reforçando cada vez mais as bolas paradas. Contra a Afusca, a gente abriu 4 a 2 no primeiro tempo, com um gol em um escanteio e outro em um lateral. Você não pode trabalhar de uma maneira, mas pode compensar de outra”, salienta o treinador.
Os ingressos para o duelo deste sábado, previsto para iniciar às 20h, serão vendidos a R$ 10.
10ª rodada
Quinta-feira, dia 11
Atlântico 2×2 Ibirubá
Sábado, dia 13
BGF x América – 20h
Sananduva x Assaf – 20h
São Luiz Gonzaga x Cachoeira – 20h
Teutônia x Guaíba – 20h
Quinta-feira, dia 18
Alaf x Assoeva – 20h
ACBF x Afusca – 20h
Classificação
1º Ibirubá – 24
2º Assoeva – 22
3º ACBF – 21
4º Atlântico – 19
5º BGF – 19
6º Alaf – 16
7º Teutônia – 11
8º Cachoeira – 11
9º Assaf – 8
10º América – 8
11º São Luiz Gonzaga – 6
12º Sananduva – 6
13º Guaíba – 6
14º Afusca – 1
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