BGF: resultados não mudaram realidade financeira

O Bento Gonçalves Futsal fez campanhas positivamente contraditórias ao investimento nos últimos dois anos. Os resultados históricos, entretanto, não agregaram financeiramente e mais uma vez o clube inicia a temporada com orçamento modesto, inferior a equipes do segundo escalão no estado.

As surpreendentes campanhas do time nas últimas duas edições da Série Ouro atraíram a atenção de outros clubes e os jogadores, por consequência, passaram a ser valorizados. Sem incremento financeiro, o BGF não conseguiu cobrir as ofertas e o time para este ano teve que ser reformulado. O artilheiro do Estadual 2012, Piolho, foi para a ACBF. Outro jogador seduzido por um clube de Liga Nacional foi Suelton, contratado pelo Marechal Cândido Rondon, do Paraná. Maninho, titular da equipe nas últimas duas temporadas, e William, que defendeu as cores do BGF nos últimos três anos – é o segundo maior artilheiro da história do clube -, não chegaram a um acordo para renovação de contrato e também saíram.

Restou ao clube, então, repetir a estratégia dos últimos anos: montar um time de apostas. Tanto Piolho como Suelton foram apostas que deram certo. Neste ano, o clube apostou no mercado nordestino e de lá trouxe cinco dos seis reforços anunciados até o momento. “O Maninho, Piolho e Suelton eram peças que davam uma sustentação muito boa à equipe. Conseguimos manter poucos jogadores e essa será uma dificuldade a mais. Mas vamos seguir o trabalho que vínhamos fazendo, com jogadores que podem se adequar à nossa forma de trabalhar. Nos últimos anos também foi assim e com trabalho deu certo”, resigna-se o técnico Vaner Flores.

Responsável por implantar a forma de trabalho que colocou o BGF entre os três melhores do estado por dois anos seguidos, o treinador não esconde a frustração com a falta de reconhecimento às boas campanhas. “Por aquilo que a gente fez, era para ser diferente. Está faltando uma consideração a mais. O trabalho foi muito bem feito nos últimos anos e o clube conquistou credibilidade. Espero que alguma empresa abrace o projeto ou até mesmo o poder público, que nos últimos anos deixou a desejar. Mas nem por isso o clube vai deixar de continuar trabalhando, porque daqui a pouco pode-se agregar alguma situação que torne as coisas melhores”, ressalta.  

 

Reportagem: João Paulo Mileski

 

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