Biblioteca Pública Castro Alves completa 79 anos

O dia 20 de agosto constitui-se uma data importante na vida cultural do município: a inauguração da Biblioteca Pública Castro Alves. De lá para cá, o espaço se tornou um espaço gerador de cultura, arte e cidadania difundindo os bens e serviços que asseguram e promovem o acesso à comunidade.

E na última terça-feira, dia 20, a instituição comemorou 79 anos. Ao longo deste tempo, atua tanto na preservação do acervo, quanto na modernização de seu espaço atendendo as demandas advindas das tecnologias de informação e comunicação – como, por exemplo, possui uma sala de telecentro, com computadores com acesso gratuito à internet. Ainda, neste ano, foi contemplada pelo Ministério da Cultura para implantar uma Biblioteca Digital, na qual possuirá um acervo com mais de 10.000 livros digitais.

A bibliotecária Paula Gautério destaca que “algumas intervenções que estão sendo realizadas no espaço interno do prédio: “atualmente fizemos mudanças internas com o intuito de melhor atender ao público, lembrando que a Biblioteca é um ambiente dinâmico de construção do conhecimento e incentivo à leitura, um lugar de encontros, de trocas de experiências. Por isso, é necessário proporcionar uma interação maior com o público que integra o universo das bibliotecas”.

Além das mudanças físicas na recepção da Biblioteca, também tem uma programação que compreende contação de histórias, com os livros “Os dez sacizinhos”, de Tatiana Belinky, e O Coelhinho, de Carol Roth, além de presentear o presentear o usuário mais assíduo com um kit de livros e CDs patrocinados pelo Fundo Municipal de Cultura. Também a Biblioteca faz uma contive aos escritores e ilustradores de Bento Gonçalves para deixarem suas mensagens ou desenhos no mural interativo que compõem a recepção.

A poetisa Sabrina Dal Bello evoca a Biblioteca Pública como se fosse um mar: “porque no mar o caminho que a pessoa vai não é errado, com várias possibilidades de caminhos. Na Biblioteca Pública, cada livro em forma de caminho é uma vida, é uma história, uma possibilidade. Essa é a grande felicidade de se deparar com um livro. Quando a gente lê viajamos a lugares tão distantes, mas tão nossos. Por isso, a Biblioteca Pública é a nossa bússola, a nossa riqueza que amplia a nossa visão de mundo e ser ser humano”. 

O escritor homenageado da 34ª Feira do Livro, Douglas Ceccagno, coloca que a Biblioteca Pública é um lugar “aonde todos deveriam ir de tempos em tempos, nem que fosse apenas para lembrar como somos insignificantes diante de todo o universo já pensado e imaginado, que há de perdurar muito além de nós e que nunca conseguiremos acessar no tempo de uma só vida. Não há como adentrar de verdade uma biblioteca, senão com respeito e humildade. Se cada livro aberto é um mundo novo que se descortina, uma biblioteca é uma multidão de universos paralelos. Tomar contato com esses universos é uma forma inigualável de driblar as limitações da vida e fazê-la grandiosa mesmo num cotidiano medíocre”.