Biológicas, adotivas ou postiças… Elas merecem!
O ditado popular garante que “ser mãe é padecer no paraíso”, já que todo sofrimento e sacrifício são recompensados pelo amor incondicional que nasce junto com uma nova vida. Exemplos disso não faltam e a todo instante aparecem no nosso dia a dia para que lembremos da pessoa mais importante do mundo para cada um de nós: aquela que nos concebeu.
Nesta edição, o SERRANOSSA selecionou quatro histórias especiais para a data: você conhecerá a rotina de Iraci Fantin, mãe de Charles, que viu sua vida virar de ponta-cabeça após o filho ser baleado em um assalto e ficar tetraplégico; saberá como Roberta Ferrari Bergamo, mãe de Bernardo, lida com a insegurança trazida pelas idas e vindas típicas da profissão do marido, jogador de vôlei; verá como os gêmeos Davi Lucca e João Vitor cresceram, um ano depois da reportagem que mostrou a dupla ainda na barriga da mãe, Eliane; e conhecerá a história de Ana Ivete Pavão Dias, que, logo depois de se tornar avó – a filha engravidou ainda adolescente –, descobriu que seria mãe de Vanessa. Histórias selecionadas com carinho e que representam uma homenagem a todas as mães, biológicas, adotivas ou postiças, de Bento Gonçalves.
Mas, apesar do clima festivo e do justo reconhecimento, o Dia das Mães nada mais é do que um mero pretexto comercial motivado pela instituição de uma data específica para presentear alguém. Há várias ocasiões desse tipo, algumas mais exploradas pelo comércio, como Dia dos Pais, das crianças e dos namorados, outras com menor mobilização, mas não menos importantes, como o dia dos avós, da secretária e do amigo. O apelo consumista surge a todo instante: mal termina uma comemoração, já começam as propagandas incitando as compras para a próxima – uma armadilha que faz com que o tempo pareça passar cada vez mais rápido. “Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal… Quando se vê, já terminou o ano… Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos!”, já dizia um dos maiores poetas gaúchos, Mario Quintana.
Obviamente é natural e esperado que as lojas se mobilizem em torno das datas comemorativas, afinal, cada setor usa suas próprias técnicas para atrair clientes e fazer girar a roda da economia. O que deveria mudar, no entanto, é o comportamento nos outros 364 dias, para não cairmos na armadilha de prestar homenagens em uma data comercial e esquecer de valorizar quem amamos no restante do ano. E para que o Dia das Mães e tantas outras datas que visam o reconhecimento não se tornem como o Natal para muitos: uma época em que a sensibilidade fica à flor da pele e faz surgir mutirões solidários de todos os tipos que, infelizmente, só voltam a acontecer novamente um ano depois, no mesmo período.
Portanto, façamos deste Dia das Mães um momento de agradecer, valorizar e, por que não, paparicar quem nos deu a vida. Mas também usemos o pretexto desta data para repensar as nossas atitudes e tentar melhorar, um passo de cada vez, a convivência com quem amamos. Faz bem para todos. E a todas as mães, muito obrigada.
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