Bolsonaro afirma que Brasil não comprará vacina da China

[Matéria atualizada às 13h50 do dia 21/10]

Nessa terça-feira, 20/10, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, informou que o Ministério havia assinado um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da vacina Coronavac, que está sendo produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac. Na manhã desta quarta-feira, 21/10, entretanto, o presidente Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais que a compra não será concretizada. 

“Para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE e CERTIFICADA PELA ANVISA. – O povo brasileiro NÃO SERÁ COBAIA DE NINGUÉM.  Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. – Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, disse Bolsonaro em seu Twitter e Facebook. 


Reprodução/Twitter 
 

De acordo com o Ministério da Saúde, a compra deveria ser concretizada após o recebimento do registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que está previsto para o início de 2021. O ministro ainda afirmou que o Brasil irá adquirir mais de 150 milhões de doses da AstraZeneca, vacina desenvolvida com a Universidade de Oxford (Reino Unido) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ao longo do próximo ano.

Pazuello ainda afirmou que foi montada uma força-tarefa interministerial para formular um plano nacional de imunização, incluindo um cronograma de vacinação e os grupos prioritários, e que a expectativa de divulgação é para o mês de novembro.
 

Ministério nega acordo de aquisição da vacina

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, realizou pronunciamento nesta quarta-feira, 21/10, transmitido pela TV Brasil, para prestar esclarecimentos sobre a carta de intenções para aquisição da vacina do Butantan-Sinovac/Covid-19.

 "Qualquer vacina, quando estiver disponível, certificada pela Anvisa, e adquirida pelo Ministério da Saúde, poderá ser oferecida aos brasileiros por meio do Programa Nacional de Imunizações, e no que depender desta pasta, não será obrigatória", informou o secretário executivo.

Segundo o secretário, não houve qualquer compromisso com o governo do estado de São Paulo no sentido de aquisição de vacina contra a covid-19. “Tratou-se de um protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante, por se tratar de um grande parceiro do Ministério da Saúde na produção de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações [PNI].