Bolsonaro é preso em Brasília

Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso preventivamente em Brasília

Bolsonaro é preso em Brasília.
Bolsonaro foi preso preventivamente pela PF em Brasília. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22), em Brasília. A Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão ocorre no contexto da condenação a 27 anos e três meses no processo do Núcleo 1 da chamada “trama golpista”, cujas penas podem começar a ser executadas nas próximas semanas.

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo STF. Ele utilizava tornozeleira eletrônica e estava proibido de acessar embaixadas, manter contato com autoridades estrangeiras e usar redes sociais, direta ou indiretamente.

Ainda na sexta-feira (21), a defesa de Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes a concessão de prisão domiciliar humanitária. Os advogados afirmaram que o ex-presidente possui doenças permanentes que exigem “acompanhamento médico intenso”, o que justificaria a permanência em regime domiciliar e evitaria sua transferência para o presídio da Papuda.

Também na sexta-feira, o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocou, pelas redes sociais, uma vigília de orações próxima à residência onde o pai cumpria prisão domiciliar.

Trump, Bolsonaro e as tarifas

No cenário internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia criticado o julgamento de Bolsonaro no STF, classificando-o como uma “vergonha internacional”. Em julho deste ano, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que passou a valer em 1º de agosto. Segundo ele, o julgamento representaria “uma caça às bruxas que deveria terminar imediatamente”. As declarações dividiram opiniões nas redes: alguns apoiavam a interferência dos EUA, enquanto outros eram contrários e defendiam a “soberania nacional”.

Contudo, na última quinta-feira (20), Trump anunciou a retirada da tarifa de 40% sobre determinados produtos brasileiros, entre eles café, chá, frutas tropicais, sucos, cacau, especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina.

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