Bombeiros já atenderam 25 incêndios em vegetação neste mês em Bento
Anualmente, com a chegada do calor, as ocorrências de incêndio em vegetação disparam em todo o Brasil, devido à seca da vegetação. Somente em Bento Gonçalves, o Corpo de Bombeiros Militar já atendeu 25 chamados neste mês de novembro – na terça-feira, 24/11, foram atendidas cinco ocorrências no município, sendo utilizados cerca de 15 mil litros de água. De acordo com o sargento Guerra, 90% desses incêndios são iniciados pelo homem, estando as principais causas ligadas ao fato de os moradores atearem fogo para limparem seus terrenos ou, ainda, ao descarte de bitucas de cigarros nas estradas. “Também tem a questão dos moradores de rua que fazem fogo para cozinhar algum alimento. Recentemente, uma residência quase acabou atingida pelas chamas no viaduto do bairro Glória”, revela o sargento.
Nos municípios atendidos pelo Corpo de Bombeiros Militar, Farroupilha registrou 13 incêndios em vegetação, Pinto Bandeira 2, Veranópolis 13 e Boa Vista e Monte Belo um incêndio neste mês de novembro. Em Garibaldi, os Bombeiros Voluntários atenderam oito ocorrências em novembro e 127 desde o começo do ano. “Muitas vezes os próprios moradores nos chamam por conta da fumaça, que acaba prejudicando na questão respiratória, ou porque está chegando perto de alguma residência ou área de preservação ambiental. As pessoas normalmente fazem o corte da vegetação e colocam fogo para limpar o local. Quando está muito seco e tem muito vento, as chamas se espalham mais facilmente. Alguns também têm o costume de colocar fogo em lixo”, comenta. Além de prejudicar os moradores, as chamas podem consumir áreas de preservação ambiental e causar transtornos aos animais silvestres.
Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Bento
Outro transtorno ligado aos incêndios em vegetação diz respeito ao deslocamento das equipes de combate. Com 34 profissionais, muitas vezes o Corpo de Bombeiros Militar de Bento acaba ficando com um efetivo reduzido para atender ocorrências de maior gravidade, tendo em vista que equipes foram deslocadas para combater incêndios em vegetação. “Às vezes, no interior, não pega rádio ou celular e ficamos incomunicáveis. E até combater as chamas, demora cerca de três horas, em média. Então fica uma equipe menor aqui para atender acidentes, incêndios em residência… é um transtorno grande para o município”, analisa.
Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Bento
Dessa forma, os Bombeiros orientam a população a não colocar fogo em lixo, em seus pátios e próximo a terrenos baldios. Conforme o sargento Guerra, a solução adequada é buscar por um serviço de tele-entulho ou deixar que a própria vegetação se decomponha. “Isso é uma questão de crime ambiental e pode causar prejuízos à comunidade e à natureza”, finaliza.
Sargento Guerra, do Corpo de Bombeiros Militar de Bento Gonçalves