Brasil chega a 400 pódios na história dos Jogos Paralímpicos

A medalha de número 400 veio com André Rocha no lançamento de disco; André era policial militar e durante uma perseguição em 2005 caiu de um muro alto que ocasionou uma grave lesão na coluna lombar

Brasil chega a 400 pódios na história dos Jogos Paralímpicos
Foto: Wander Roberto/CPB

Em mais um dia de pódios para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris, o País conquistou a sua 400ª medalha na história. Ela veio com André Rocha, que ganhou o bronze no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem sentados) com a marca de 19,48m.

Com as medalhas conquistada no domingo, 1º/09, foi atingida a marca 400 medalhas na história. Foram duas medalhas de bronze na natação, com Lídia Cruz e o revezamento 4×100 livre S14 (atletas com deficiência intelectual), uma de prata no tiro esportivo com Alexandre Galgani, e o bronze de André Rocha no atletismo.

Outro fato importante do dia veio com o mineiro Gabrielzinho, que quebrou o recorde mundial nos 150m medley da classe SM2 (limitação físico-motora), com o tempo de 3min14s02.

Atletismo

O paulista André Rocha conquistou a medalha de bronze no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem sentados) com a marca de 19,48m. A medalha de ouro foi para o italiano Rigivan Ganeshamoorthy, Que estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com 27,06. Já a prata ficou com o letão Aigars Apinis, com 20,62

André, natural de Taubaté, era policial militar e durante uma perseguição em 2005 caiu de um muro alto que ocasionou uma grave lesão na coluna lombar. Depois de complicações na cirurgia e uma nova e grave lesão na coluna cervical anos depois, ficou com lesões permanentes também nos membros superiores, tornando-se tetraplégico. Conheceu o esporte paralímpico em 2013, em um projeto da prefeitura de sua cidade.

A baiana Samira Brito e a paulista Verônica Hipólito competiram na final dos 200m da classe T36 (paralisados cerebrais). Samira terminou na sexta posição, com o tempo de 31s01, enquanto Verônica encerrou a distância em 31s03, a sétima marca da prova.

A catarinense Camila Muller disputou os 1.500m da classe T11 (deficiência visual). Com o tempo de 5min03s01, a atleta ficou em nono lugar – apenas as seis melhores marcas avançaram – e não se classificou para a final.

Aline Rocha, Vanessa Cristina e Jéssica Giacomelli disputaram os 800m da classe T54 (cadeirantes) no Stade de France. A paulista Vanessa Cristina terminou as classificatórias na 10ª posição geral (1min50s29), enquanto a paranaense Aline Rocha (1min53s04) e a também paulista Jéssica Giacomelli (1min59s55) terminaram nas 13ª e 14ª colocações, respectivamente. Elas não avançaram à final.

O paraibano Ariosvaldo Silva, conhecido como Parré, terminou os 400m da classe T53 (cadeirantes) em oitavo lugar (52s42). O ouro ficou com o tailandês Pongsakorn Paeyo (46s77), a prata com o canadense Brent Lakatos (47s24) e o bronze, com o americano Brian Siemann (47s84).

O paulista Matheus de Lima terminou em 9º lugar nos 100m T44, deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese, neste domingo, 1º, no Stade de France, com o tempo de 12s15. O ouro ficou com o sul-africano Mpumelelo Mhlongo (11s12), a prata com o cubano Yamel Luis Suares (11s20) e o bronze com o malaio Eddy Bernard (11s58).

O paranaense Vinícius Rodrigues avançou à final dos 100m da classe T63 (amputados de membros inferiores com prótese) com o tempo de 12s24, sua melhor marca na temporada. Ele se classificou com o sexto tempo geral da prova. A final será nesta segunda-feira, 2, às 20h37 (de Paris) e 15h37 (de Brasília).

Já o paraense Alan Fonteles garantiu sua vaga na final dos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese) com o tempo de 11s22. Avançou com a oitava melhor marca entre os finalistas. A final será nesta segunda-feira, 2, às 21h35 (de Paris) e 16h35 (de Brasília). Envolvido na mesma disputa, o gaúcho Wallison Fortes ficou fora da final, com o tempo de 11s43.

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