Para coibir ações de violência tanto entre estudantes como contra funcionários, pelo segundo ano consecutivo, a Brigada Militar vem desenvolvendo o projeto Patrulha Escolar. Dois policiais foram designados para realizar os trabalhos que abrangem quase 60 escolas na cidade e nos distritos. Satisfeitos com os resultados obtidos no ano passado pelo projeto Patrulha Escolar, a Brigada Militar está dando continuidade à iniciativa neste ano. As atividades iniciaram há cerca de um mês.
Os soldados Michael Zdruikoski e Márcio Martins da Silva foram designados para realizar a patrulha, que acontece nos três turnos escolares. “Nosso trabalho é realizado de forma continua e alternada. Por dia são visitadas cerca de dez escolas em um turno de seis horas. Mas sempre que os diretores acharem necessário, eles podem nos ligar que realizamos rondas para averiguar a situação”, destaca o soldado Michael.
As rondas têm por objetivo, também, promover ações educacionais com os alunos. “Dependendo do caso, podemos conversar com os alunos ou com os pais. Queremos mostrar que dentro do ambiente escolar é preciso ter respeito tanto com os materiais como com os profissionais que ali trabalham”, pontua.
Durante as patrulhas, todas as pessoas que estiverem próximas às escolas poderão ser abordadas e identificadas, para evitar que possíveis influências negativas cheguem até o alunos, como a venda de entorpecentes. Veículos com som alto, que estejam próximos aos educandários também estão sendo abordados e, em caso de constatação da infração, são recolhidos. “Até o momento tivemos apenas um registro de desacato a um funcionário e alguns incidentes de depredação ao patrimônio público. Podemos avaliar que a patrulha está sendo bastante satisfatória”, descreve o soldado Márcio.
Avaliação
A diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Mestre Santa Bárbara, Margarete Egami, destaca que a presença dos policiais na escola e nas proximidades proporciona a todos maior sensação de segurança. “Sempre que recebemos a informação de que algo suspeito está acontecendo próximo à escola, chamamos a Patrulha Escolar para realizar a averiguação. Com isso, todos acabam se sentindo mais seguros. Aliado ao fato de estarem presentes e trabalharem de forma ostensiva, o que tem auxiliado bastante na segurança dos alunos e dos funcionários da escola”, enfatiza. Os policiais ainda destacam que, conforme a solicitação das escolas, eles podem estar presentes também na hora do intervalo, dentro do pátio.
Para Denise Cristina Rossatto, diretora do Colégio Estadual Dona Isabel o patrulhamento tem diminuído a presença de pessoas estranhas no pátio da escola. “Por ser uma escola onde a entrada é muito aberta, temos a presença de pessoas que não são ligadas a instituição, o que por vezes acaba ocorrendo algumas confusões. Com a presença dos policiais, isso tem diminuído consideravelmente”, comemora.
A mesma opinião tem a diretora do Instituto Estadual de Educação Cecília Meireles. “Infelizmente temos alguns problemas na saída da escola, mas quando a Patrulha Escolar está por aqui, nada de anormal acontece. É um trabalho bastante importante e que vem auxiliando na segurança. Com a presença deles nos sentimos mais seguros”, enfatiza.
As rondas são realizadas em todas as escolas do município e também nas escolas do interior.
DMT
O Departamento Municipal de Trânsito (DMT) também tem trabalhado junto às escolas do município. Desde a segunda quinzena de março estão sendo realizadas fiscalizações em frente aos estabelecimentos de ensino. Atualmente são atendidas oito escolas. “Nos primeiros 15 dias de aula, realizamos a orientação dos alunos, pedestres e dos pais, sobre a faixa de segurança e qual a melhor forma de deixar seus filhos na escola com segurança. Foram entregues mais de 2,5 mil folders explicativos”, explica a agente Luciana Soccol, coordenadora do programa Educação para o Trânsito, do DMT. Após esse período, os agentes passaram a autuar os condutores que não respeitam a legislação. Segundo a coordenadora, entre as principais infrações cometidas pelos pais está parar sobre a faixa de segurança ou em fila dupla e falar ao celular enquanto dirige.
Reportagem: Katiane Cardoso
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