Bruno Covas morre aos 41 anos vítima de câncer

O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas, morreu neste domingo, 16/05, aos 41 anos. Desde 2019, Covas lutava contra um câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado. Ele deixa o filho Tomás, de 15 anos.

Desde a última sexta-feira, 14/05, Covas enfrentava um agravo em seu quadro clínico, que passou a ser considerado como irreversível pela equipe médica do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 2 de maio.

Nas últimas horas de vida, ele recebeu sedativos e analgésicos para não sentir dores. Familiares e amigos de Covas permaneceram no hospital desde que os médicos informaram que seu quadro de saúde era irreversível.

Na noite de sexta-feira, um padre chegou a fazer a unção dos enfermos. Já durante a noite de sábado, 15/05, representantes de diversas religiões participaram de ato ecumênico na porta do hospital.

O corpo de Covas será levado para o Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura, onde, às 13h, haverá uma cerimônia breve para familiares e amigos próximos. Depois, seguirá em carro aberto até a Avenida Paulista. O enterro será em Santos, em cerimônia restrita à família.

Covas teve o câncer diagnosticado em outubro de 2019, após ser internado com uma infeção na pele chamada erisipela. Durante a maior parte do tratamento, ele seguiu à frente da Prefeitura de São Paulo. No ano passado, chegou a  ser diagnosticado com COVID-19, mas ainda pôde participar da reta final da campanha eleitoral na qual foi reeleito. O câncer havia regredido, mas neste ano novos nódulos foram encontrados no fígado, na coluna e na bacia.
 

A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE COVAS

Economista formado pela PUC e advogado pela USP, Bruno Covas teve uma trajetória de quase duas décadas na política com o PSDB, partido pelo qual se elegeu à prefeitura paulistana. Ele se aproximou da política ainda na adolescência, sob influência do avô, o ex-governador Mario Covas.

Entre 2005 e 2006,  atuou como assessor dos governos de Geraldo Alckmin e Cláudio Lembro na Alesp (Assembleia Legislativa de SP). Antes, ele já havia sido candidato a vice-prefeito de Santos, em 2004, na chapa de Raul Christiano (PSDB). Em 2006, foi eleito deputado estadual em São Paulo e reeleito em 2010.

No ano seguinte, porém, se licenciou das funções de deputado para assumir o cargo de secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin.

Em 2014, Covas se tornou deputado federal pelo PSDB. Dois anos depois, novamente se licenciou do cargo que ocupava: desta vez, para assumir a candidatura à vice-prefeitura de São Paulo (SP) na chapa de João Doria

Em 2018, com a decisão de Doria concorrer ao governo estadual, cargo ao qual foi eleito, Covas assumiu a prefeitura até o fim de 2020.

No ano passado, concorreu à prefeitura de São Paulo com Ricardo Nunes como vice e foi reeleito com 59,38% dos votos.