Buracos de obras: quem deve tapar?
Está cada vez mais comum encontrar pelas ruas de Bento Gonçalves buracos em forma de vala que ocupam quase toda a largura da via. Um tremendo incômodo para os motoristas, que pode resultar em prejuízo financeiro. É o caso de um motociclista, morador do bairro Licorsul, que iniciou a semana com R$ 300 a menos na conta bancária. Ao trafegar pela rua Nelson Carraro, no bairro Santo Antão, teve os dois pneus de sua moto estourados em função de um desses remendos. Mas afinal, de quem é o dever de consertar esses desníveis?
Ao ver um buraco na rua, a comunidade normalmente atribui a obras da empresa abastecedora de água. O gerente interino da unidade da Corsan em Bento Gonçalves, Ildo Bombana, comenta que nem sempre as intervenções são feitas pela companhia. “Algumas obras pertencem à empresa de energia elétrica, a construtoras que precisam fazer ligações para um prédio em construção e até à própria prefeitura. Vai depender de cada caso”, observa. Na teoria, quem abriu o buraco é o responsável por fazer o conserto.
No caso citado no início da reportagem, a vala aberta no meio da via era resultado de uma ligação de água para um empreendimento em fase inicial de construção. Entretanto, por se tratar tubulação para a água, houve também interferência da Corsan. A empreiteira e a empresa estudam de quem é a responsabilidade para poder ressarcir o motociclista.
Segundo Bombana, nos casos em que a Corsan é responsável pela abertura dos buracos, o fechamento dos mesmos deve ocorrer entre cinco e dez dias após o término da obra. A responsabilidade pelo remendo é de uma empresa terceirizada contratada pela Corsan por meio de licitação. Nos casos em que as aberturas foram feitas no asfalto, a demora para o fechamento pode ser um pouco maior. “Isso porque a empresa precisa esperar que haja demanda para uma quantidade mínima de 25m³ de asfalto. A produção de quantidade menor de matéria-prima não é vantajosa”, explica. Entretanto, até que o desnível não seja resolvido, a empreiteira contratada tem a responsabilidade de manter a vala devidamente coberta com pó de brita. A medida evita que a rua precise ficar trancada até que o reparo não seja efetuado.
Reportagem: Carina Furlanetto
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