Buracos perturbam moradores de vários bairros

O resultado dos temporais que atingiram o município há pouco mais de dez dias ainda é sentido em vários bairros, principalmente com os estragos provocados nas ruas. Em vários pontos da cidade, entretanto, o mau tempo apenas contribuiu para agravar problemas que já existiam antes das últimas chuvaradas que colocaram Bento Gonçalves em situação de emergência, tornando ainda mais demoradas as ações por parte do Poder Público.

Muitos casos são denunciados por leitores, que relatam não conseguir retorno da prefeitura para demandas antigas. Na rua Recife, no Botafogo, por exemplo, a tubulação está exposta e incompleta desde que foi iniciado um conserto na rede de esgoto. Moradores do entorno afirmam que a espera pelo reparo já é de pelo menos dois meses. Como a rua tem ligação com uma escadaria, o fluxo de pedestres, inclusive de crianças, é intenso na área e a preocupação é de que ocorra algum acidente.

No bairro Conceição, na rua Adelaide Pasquali, houve abertura em pelo menos dois pontos do asfalto, e um deles é sinalizado de forma precária, com galhos. A maior cratera surgiu onde antes já havia sido feito um remendo no pavimento. Entre os dois buracos, o asfalto está bastante danificado, com ondulações que quase deixam o calçamento à mostra.

Em uma das pistas da rua Mário Hilário Poletto, no bairro Verona, vários paralelepípedos estão na calçada à espera de reposição. Enquanto isso, parte da descida é interrompida, aparentemente, por uma obra não concluída. Não há nenhuma sinalização do perigo a que os motoristas que trafegam pela área estão submetidos.

Acesso para várias empresas, a entrada para a Linha Eulália, na região norte do município, também sofre com a demora para execução de melhorias na pavimentação asfáltica. A situação se agrava diariamente, principalmente, pelo tráfego intenso de caminhões carregados.

No bairro Fátima, a situação problemática de um trecho da rua Pedro Baptisti Menegotto foi praticamente resolvida há alguns dias, com a reposição do calçamento, mas algumas pedras ainda permanecem fora de lugar. As reclamações sobre as más condições no local se repetiam há cerca de um ano e meio. Em fevereiro deste ano, conforme noticiado pelo SERRANOSSA, um motociclista se feriu após cair enquanto transitava na via. Em outubro, um motorista afirma ter tido prejuízo de mais de R$ 400 ao danificar seu carro.

Prefeitura

O secretário de Viação e Obras Públicas, Valdir Possamai, afirma que a prefeitura tem priorizado os reparos onde há problemas com a tubulação de esgoto, mas ressalta que a grande demanda tem feito com que algumas intervenções demorem. Mesmo assim, ele estima que poucas ações sejam de atribuição direta do Poder Público, por envolverem trabalhos ligados às redes de água. “Eu diria que 90% dos casos são de responsabilidade da Corsan, mas nem todos estão identificados. Isso tem causado uma confusão muito grande, mas nós estamos cobrando deles. O que acontece é que há obras em muitos pontos da cidade, são várias ruas por semana”, justifica Possamai.

Corsan

Segundo o gerente da unidade local da Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), Cláudio Ferreto, a média para reposição do pavimento em locais afetados por obras tem sido de 4 a 5 dias. “Nós damos um tempinho para uma compactação melhor do solo. É uma situação normal”, explica.

Entretanto, no caso do asfalto, como a empresa que fornece o material usinado não repassa pequenas quantidades, é preciso buscar uma alternativa para tapar buracos menores. Uma delas é a utilização de asfalto frio. “Mesmo com tudo isso, no nosso controle, as obras estão perfeitamente dentro do cronograma”, completa o gerente.

Quanto à sinalização, Ferreto afirma que a companhia tem enfrentado dificuldades com o sumiço e a destruição de placas indicativas. “Elas não param nos lugares em que colocamos. No dia seguinte, foram furtadas ou quebradas”, finaliza. 


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