Burocracia atrasa início da Radioterapia em Bento

O serviço de radioterapia oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Bento Gonçalves deveria ter entrado em funcionamento ainda em janeiro. Entretanto, dois meses depois, o atendimento ainda não tem prazo para iniciar. A demora se deve a atrasos no credenciamento  junto ao Ministério da Saúde. “O processo ficou barrado na secretaria estadual durante um mês e meio”, alega o secretário municipal de Saúde, Ivanir José Zandoná. Apenas na semana passada a documentação necessária foi enviada a Brasília.

O equipamento já está pronto para operar. Ele foi instalado no prédio erguido na área que abrangia o estacionamento e a sede da Associação dos Funcionários do Hospital Tacchini, com acesso pela rua General Osório. A expectativa do secretário é de que nos próximos dias seja dado o aval para o início do atendimento pelo SUS. De acordo com Zandoná, por se tratar de um hospital filantrópico, pelo menos 60% dos atendimentos devem ser destinados a pacientes da rede pública de saúde. Segundo ele, o hospital deve receber em média R$ 100 mil mensais para custeio de despesas. 

O serviço de radioterapia, conforme informações do site do hospital, deverá ser referência para a região, abrangendo um público estimado em 600 mil habitantes. Sua capacidade de atendimento será de até 95 pessoas por dia, em média. O local onde o aparelho está instalado atende aos requisitos de segurança como paredes de 1,5 metro de espessura, um corredor de proteção e porta automática acionada por sistema elétrico. A sala conta com 117m². De acordo com a assessoria de comunicação do Hospital Tacchini, alguns atendimentos para ajustes no aparelho já começaram a ser feitos.

Saiba mais

Desde agosto de 2011 o aparelho de radioterapia está em Bento Gonçalves. Embora a comunidade tenha escolhido a demanda na Consulta Popular de 2006, o repasse por parte do governo do Estado aconteceu apenas em 2008. A demora na aquisição do aparelho ocorreu porque a primeira licitação foi suspensa. Outro entrave diz respeito à cotação do dólar, que registrou altos índices em 2009. Com isso, para importar o equipamento seria necessário uma quantia maior do que a disponível. A queda da moeda americana facilitou o início do processo de importação, que teve início no primeiro trimestre de 2010, por meio da Secretaria da Fazenda.

Reportagem: Carina Furlanetto

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