Buscas pelo corpo de criança jogada pela mãe no rio Tramandaí chegam ao terceiro dia

Uma mobilização total marca as buscas, na manhã deste sábado, 31/07, do corpo do menino Miguel, de sete anos, no rio Tramandaí e na beira-mar no Litoral Norte. A criança foi dopada e jogada nas águas do rio pela mãe, de 26 anos, que está presa desde a noite da última quinta-feira. A participação no crime da companheira da mulher, de 23 anos, que possui transtorno neurológico, ainda está sendo apurada pela Polícia Civil.

Seis embarcações estão vasculhando as águas neste sábado, sendo três delas do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) com efetivos do 9º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) e mergulhadores da Companhia Especial de Busca e Resgate (CEBS) de Porto Alegre.


Imagem: Renato Dias/Correio do Imbé

A Polícia Civil já pediu a prisão preventiva da mãe ao Poder Judiciário. A mulher deve ser indiciada por homicídio qualificado (meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) com majorante (praticado contra pessoa menor de 14 anos) e agravante (cometido contra descendente), ocultação de cadáver e resistência.

Uma mala de rodinhas, que teria usada para levar a vítima, foi apreendida na beira do rio Tramandaí durante as buscas na noite de quinta-feira. Ela foi encaminhada para o Instituto-Geral de Perícias, cuja equipe esteve também na pousada onde moram as duas mulheres.

As primeiras informações apuradas pelos policiais civis apontam que o menino vivia sob intensa tortura física e psicológica, mantido em uma peça de um metro quadrado, nos fundos da moradia. A criança ficava até mesmo trancada dentro de um armário.

Informações: Correio do Povo