Os recentes acidentes de trânsito envolvendo ônibus no Estado levantaram uma antiga questão muito importante: a utilização do cinto de segurança nos coletivos. Apesar de ser um item obrigatório, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), muitos passageiros não fazem uso dele. Outro fator grave é que 40% da frota de transporte coletivo no Estado não possui cinto de segurança disponível aos usuários. A pesquisa foi realizada pela Associação Rio-grandense de Transporte Intermunicipal (RTI).
A resistência em utilizar o cinto de segurança muitas vezes está ligada a uma questão de educação e conscientização. “Os passageiros devem se sensibilizar que, ao utilizar o transporte coletivo, têm que ter a mesma cautela de quando estão em um automóvel. Todos devem fazer uso do cinto de segurança, um item que pode salvar uma vida”, descreve o capitão Rovani Costa, do 3º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (3º BRBM).
O capitão ainda destaca que a fiscalização nesse tipo de caso é dificultada pelo fato de alguns passageiros colocarem o cinto ao serem solicitados e, logo à frente, retirarem o equipamento. Por outro lado, ainda estão em circulação ônibus antigos – fabricados antes de 1999 – que não dispõem de cintos.
Estudos comprovam a eficácia do cinto de segurança em reduzir a gravidade dos ferimentos sofridos em um acidente de trânsito, evitando mortes e fraturas, principalmente em locais mais sensíveis, como cabeça, tórax e rosto.
Fiscalização
Em recente reunião com representantes da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e Associação Rio-grandense de Transporte Intermunicipal (RTI) ficou definido que será lançada, no Estado uma campanha de conscientização sobre o uso obrigatório do cinto de segurança. A iniciativa pretende abranger funcionários das empresas que realizam o transporte coletivo, motoristas e passageiros, enfatizando que o uso do equipamento é indispensável em todos os tipos de veículos.
Infração
Deixar de utilizar o cinto de segurança, tanto passageiro como condutor é considerada uma infração grave. O condutor é autuado e o veículo pode se retido. Somente no ano passado, nas rodovias de responsabilidade do Grupo Rodoviário de Bento Gonçalves, foram autuados 1.082 condutores por não estarem utilizando o cinto de segurança.
Katiane Cardoso
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