Candidatos à Presidência já gastaram R$ 112 milhões em campanhas, apontam dados do TSE
Segundo dados dos gastos declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até esta terça-feira, 13/09, os candidatos à Presidência da República já declararam ter investido R$ 112,8 milhões nas campanhas eleitorais. O levantamento mostra que Lula (PT), até o momento da apuração, Lula era o candidato que declarou maior montante, com R$ 44 milhões em despesas contratadas, metade dos R$ 88,3 milhões que declarou ter para investir nestas eleições.
Nas eleições de 2018, quando Lula foi substituído por Fernando Haddad (PT) a três semanas da eleição, os gastos com a campanha do ex-presidente foram 22% menores. Na eleição anterior, as despesas totalizaram R$ 57,2 milhões.
A segunda colocada no ranking de gastos é Soraya Thronicke (União Brasil), com R$ 31 milhões em despesas contratadas. Na eleição de 2018, durante a campanha para senadora, Thronicke declarou ao TSE ter gasto R$ 74 mil.
O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), tem a quarta com mais gastos declarados até o momento, totalizando R$ 14 milhões, o que corresponde a 66% do valor total que disse ter para gastar na campanha: R$ 21,8 milhões.
Entre os candidatos que disputaram as eleições de 2018, Bolsonaro foi o que teve o maior crescimento de gastos. No pleito que o elegeu, o presidente declarou R$ 2,4 milhões em gastos. Isso significa que o presidente já gastou 496% mais dinheiro em 2022 do que em 2018.
Quatro candidatos ainda não atualizaram a declaração de gastos eleitorais no site do TSE. Constituinte Eymael (Democracia Cristã) recebeu R$ 1,1 milhão para gastar na campanha; Padre Kelmon (PTB), R$ 1,5 milhão; e Vera Lúcia (PSTU), R$ 800 mil, mas até a última atualização desta reportagem não haviam informado como estão gastando o dinheiro. Já Sofia Manzano (PCB) não indicou quanto dinheiro tem para gastar e também não detalhou os custos da campanha.
Os candidatos, os partidos e as federações tiveram até essa terça-feira para realizar a prestação de contas do registro da movimentação financeira em dinheiro junto à Justiça Eleitoral. O prazo começou na última sexta-feira. Em 15 de setembro, o TSE deve divulgar a prestação de contas parcial de campanha de candidatos e partidos políticos com a indicação dos nomes, do CPF dos doadores e dos respectivos valores doados. Também deverá constar nas informações o CNPJ de todos os fornecedores.
Informações: TSE e Correio do Povo