Carne de frango e ovos ficam mais caros para o consumidor

Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30/09) pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), os preços da carne de frango e ovos vêm sendo alterados por consequência do aumento dos preços milho e farelo de soja, principais componentes da ração das aves.

Além da alta valorização, as exportações crescentes dos grãos interferem na cotação no mercado interno. Os preços dos produtos avícolas antes de chegar ao varejo, oscilam na faixa de R$ 6,60 o quilo da carne de frango e em torno de R$ 4,00 a dúzia de ovos, patamares que colocam o setor em situação de desiquilíbrio, quando se avalia peso do custo de produção e o valor de venda destes alimentos.

No que se refere aos produtos avícolas, nos últimos 12 meses o ovo registra evolução na faixa de 24,1% a dúzia e a carne de frango 24%, muito abaixo da valorização dos grãos.


 

De acordo com a Asgav, o setor avícola vem sofrendo com os impactos da pandemia que desestabilizou o fluxo comercial no mercado interno e ainda somada a esta situação, é observada uma ligeira retração nas exportações de carne de aves.

“Registramos um aumento considerável no custo de produção, principalmente no que se refere aos preços do milho e farelo de soja, não há outra alternativa para produtores e agroindústrias a não ser repassar estes custos para composição do custo final dos produtos, assim como acontece em outros segmentos da economia” afirma o presidente executivo da associação, José Eduardo dos Santos.

Nos últimos 12 de meses o milho registrou alta de 65,5% o quilo e o farelo de soja alta de 79% a tonelada. Segundo o representante da Asgav, as adequações são extremante necessárias para nivelar custo de produção de carne de frango, ovos e valores de mercado. Os ajustes devem oscilar na faixa de 15% nos preços dos produtos avícolas nos próximos dias. É importante avaliar que as margens apertadíssimas das agroindústrias não se estendem a outras instâncias do mercado de consumo.

Aliado a todo este problema de aumento de custos, ainda recai sobre o setor os investimentos elevadíssimos para atender as adequações na plataforma industrial, visando adoção dos protocolos de saúde e prevenção e outras exigências dos órgãos de fiscalização do ambiente laboral em relação à pandemia.