Cartório orienta ausentes no 1º turno

Depois da votação do 1º turno, o foco se volta para a próxima etapa das eleições, que terão, no Rio Grande do Sul, a disputa em 2º turno para governador e presidente, no próximo dia 26. Mais uma vez, eleitores de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto Bandeira – que estão na região da 8ª Zona Eleitoral – voltarão às urnas, mas é preciso estar atento para o fato de estar em dia com a Justiça.

Embora ainda não tenha o processamento completo das ausências, o que deve ser finalizado nos próximos dias, o Cartório da 8ª Zona Eleitoral já está orientando os eleitores, em especial os que se ausentaram no 1º turno. Para os que preencheram a justificativa no dia da eleição, não há nenhuma restrição quanto à participação no 2º turno, mas há casos mais sérios que impedirão o exercício do voto.

Para quem não apresentou justificativa no último domingo, 5, o procedimento fica um pouco mais complicado, mesmo que haja um prezo de 60 dias para tentar explicar o não comparecimento: será preciso, após o processamento das ausências, preencher um termo e, se possível, apresentar documentos que comprovem o motivo alegado para a falta. Os casos serão julgados individualmente e não há garantia de que o argumento será aceito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Em casos assim, o mais indicado é que o eleitor espere passar o 2º turno também e aí regularize a sua situação de uma vez”, afirma Ricardo de Abreu, chefe do Cartório. A multa para regularização é de R$ 3,51, valor que vai para o fundo partidário.

Em locais onde o recadastramento biométrico era obrigatório, como Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto Bandeira, quem não fez a coleta de impressões digitais e fotos no período anterior à eleição, e por isso já estava impedido de votar, teve seu título suspenso e também terá que regularizar a sua condição junto à Justiça Eleitoral. O procedimento, contudo, só poderá ser feito a partir de 10 de novembro, quando o cadastro é novamente liberado. Com o título cancelado, cidadãos ficam impedidos, por exemplo, de tirar passaporte e outros documentos e realizar inscrições em concursos públicos.

Avaliação da biometria
A primeira experiência com a biometria mostrou um contraste de alta segurança com pouca agilidade, na avaliação de Abreu. “Em Bento, como tínhamos apenas 5% dos eleitores cadastrados, tudo foi mais tranquilo, porque não havia uma sequência de pessoas usando a biometria. Mas, em outros locais, chegamos a ter fila de 30 pessoas ou mais, que continuaram ao longo de todo o dia”, destaca.

Por se tratar de uma nova tecnologia, o 2º turno funcionará como mais um teste. Um dos pontos que, na visão do chefe do Cartório, pode ter contribuído para aumentar a demora é o fato de que o leitor biométrico faz oito tentativas de identificar a digital, e só depois disso passa para o método manual. “Talvez se possa pensar em reduzir esse número de tentativas, para tentar agilizar o processo. Mas, como tudo ainda é novo, são questões que certamente serão aprimoradas”, finaliza Abreu.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.


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