Casa noturna é atingida por incêndio em Guaporé
No total, 15 mulheres estavam no local; três delas precisaram de atendimento médico
Muita tensão e medo viveram cerca de 15 mulheres que estavam trabalhando na noite deste sábado, 15/10, por volta das 22h, em uma casa noturna em Guaporé. Elas foram vítimas indiretas da “guerra entre facções” pelos pontos de tráfico de drogas que assusta moradores do município e região há pelo menos 10 meses. Um incêndio criminoso, provocado por três homens que, inclusive, efetuaram disparos de arma de fogo, destruiu parte do estabelecimento, localizado às margens da ERS-129, na altura do Km 122 na Linha Segunda/Comunidade São Pedro.
Conforme relatos, três homens adentraram na casa noturna como se “fossem clientes”. Porém, não demorou muito e, em determinado momento, sacaram as armas (revólveres) solicitando informações sobre a proprietária do ponto. Ela não se encontrava no imóvel. O trio, que identificou-se sendo integrante de uma facção, posicionou parte das mulheres na sala e ordenou que colocassem os colchões. Com gasolina, levada em um galão, atearam fogo. Antes, com as luzes apagadas, segundo as vítimas, efetuaram diversos disparos. Um deles acertou a mão de uma mulher.
O Corpo de Bombeiros Militar e policiais da Brigada Militar de Guaporé foram informados por populares que passavam pela rodovia e pararam para auxiliar. Na chegada, encontraram a casa noturna com as labaredas tomando conta de um dos cômodos, mulheres desesperadas, sendo duas feridas (uma na mão por um projétil e a outra com escoriações). Uma equipe dos bombeiros conduziu as vítimas para atendimento no hospital de Guaporé, enquanto a outra combateu o fogo. Policiais militares também encaminharam uma delas para a casa de saúde.
Foram utilizados cerca de 2,5 mil litros de água para a extinção e rescaldo que duraram quase duas horas. Na ação, bombeiros tiveram que conduzir mais uma mulher para a unidade hospitalar em virtude da inalação de fumaça.
Policiais militares atenderam a ocorrência, buscando detalhes e informações sobre os criminosos. As vítimas não souberam informar se o trio empreendeu fuga em um veículo ou a pé e para qual destino. A hipótese mais provável é que tenham deixado um automóvel parado no acostamento da rodovia e, posteriormente, embarcado.
Fonte: Rádio Aurora