Caso Cardozo: réu irá a Júri Popular

Apontado como o mentor da morte de Vlademir Cardozo, então com 28 anos de idade, ocorrido no dia 20 de maio de 2013, Daniel Panno Lazzari irá a Júri Popular, conforme decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Os advogados do réu haviam recorrido da decisão da juíza Maria Cristina Rech, da 1ª Vara da Comarca de Farroupilha, porém, o apelo foi parcialmente negado, sendo apenas excluída duas das qualificadoras apontadas pelo Ministério Público (MP). Lazzari responde pelo crime de homicídio qualificado, por motivo torpe e dissimulação. Até segunda-feira, dia 27, a data do julgamento não havia sido marcada.

Em seu depoimento à juíza, Lazzari contou que assumiu a autoria, na fase policial, pois havia sido instruído por um advogado a confessar, uma vez que nada aconteceria com ele se apontasse quem teria efetuado os disparos. Ele identificou como sendo o autor dos disparos Luís Fernando de Souza, que sempre garantiu que não conhecia o réu e que no dia do crime estaria trabalhando em uma obra. Devido à falta de provas que comprovassem a participação de Souza na ação, ele não foi pronunciado pelo crime.

Cardozo e Lazzari eram amigos há mais de dez anos. Ele teria sido a última pessoa a vê-lo com vida. A câmera de monitoramento de um estabelecimento no bairro Santo Antão flagrou o momento em que a vítima entrou no automóvel do réu, uma Montana, e deixou o seu veículo, de mesmo modelo, estacionado em frente ao local. Conforme Lazzari, também no depoimento à magistrada, ele teria levado a vítima até as proximidades de um campo no bairro Tamandaré, em Garibaldi, onde haveria um automóvel Pálio, de cor azul, esperando por Cardozo. 

O funcionário da vítima contou que ele teria recebido uma ligação do acusado marcando um encontro na noite em que o crime aconteceu. O objetivo era o pagamento de uma dívida. Após o desaparecimento de Cardozo, o funcionário chegou a conversar com Lazzari, que informou tê-lo levado até um bairro da cidade, onde supostamente ele se encontraria com outro homem, conhecido apenas como “Alemão”. Depois da carona, ele afirma não ter mais visto a vítima. 

Assassinato

O corpo de Cardozo foi localizado no dia 21 de maio, na linha Paese, interior de Farroupilha, com diversas marcas de tiros pelo corpo. Um caminhoneiro que passava pelo local percebeu um homem caído e decidiu acionar a Brigada Militar. A testemunha ainda viu um automóvel Montana passar pelo local, mas não conseguiu ver a placa e nem identificar as pessoas que estavam no interior dele. Cardozo foi morto com pelo menos cinco disparos de arma de fogo.

 

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