Caso Caroline Ducati: julgamento nesta segunda

O acusado pela morte da jovem bento-gonçalvense Caroline Ducati será julgado na próxima segunda-feira, dia 10, no Fórum de Garibaldi. Alexandre Augusto Kuling de Bragança Soares de Souza, também conhecido como Carioca, responde por homicídio qualificado pelo emprego de meio cruel. O crime aconteceu em 2005, quando Caroline tinha 23 anos de idade e o réu, 24. 

De acordo com a sentença de pronúncia, proferida pelo juiz Gérson Martins da Silva com base na acusação feita pelo Ministério Público (MP), o crime aconteceu após uma discussão do casal. Caroline foi esfaqueada até a morte no dia 15 de setembro de 2005, no apartamento do réu, no Centro de Garibaldi. A vítima apresentava marcas de facada por todo o corpo, inclusive nas mãos, demonstrando que ela tentou, em vão, se defender. O MP alegou que o réu agiu movido pelo sentimento de posse que tinha com relação à namorada, caracterizando motivo fútil, além de apontar que diversas facadas foram desferidas em regiões não letais, demonstrando crueldade e brutalidade fora do comum. A alegação de motivo fútil foi desqualificada pelo Tribunal de Justiça em abril de 2011.

Em depoimento, os vizinhos afirmaram que poucas horas antes do crime chegaram a ouvir a discussão do casal. O assassinato foi descoberto após os moradores do andar de baixo do apartamento perceberem um líquido vermelho escorrendo por um dos lustres. Bombeiros confirmaram se tratar de sangue e chamaram a Brigada Militar. Os policiais arrombaram a porta e encontraram Caroline já sem vida. O réu estava deitado junto ao corpo, com os pulsos e parte de um dos braços cortados. Segundo a sentença de pronúncia, a arma utilizada no crime foi encontrada ao lado da cama, assim como utensílios para consumo de maconha e duas embalagens vazias de um medicamento de uso controlado.

A defesa de Souza atestou que ele estava em surto psicótico grave no momento do fato, sendo cabível a absolvição sumária, o que foi negado pelo juiz. Em seguida, os advogados tentaram a suspensão do processo alegando incidente de insanidade mental, o que também não foi aceito.

A prisão do acusado foi decretada no dia seguinte ao crime. Ele permaneceu preso até janeiro de 2006, quando foi transferido ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, onde permaneceu por 10 meses. O réu aguarda o julgamento em liberdade desde novembro de 2006.

Reportagem: Greice Scotton e Jonathan Zanotto


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