Caso Charline: Polícia Civil ainda não descarta nenhuma hipótese de investigação

Um mistério envolve a morte da técnica de enfermagem Charline Ribeiro, de 34 anos, assassinada a facadas na última segunda-feira, dia 15, na localidade de Vila Rica, entre Garibaldi e Farroupilha. A Polícia Civil trabalha com várias hipóteses e ainda não tem convicção do que realmente aconteceu com a vítima. O principal suspeito do crime, o ex-companheiro dela, de 37 anos, chegou a ser conduzido até a delegacia, porém apresentou provas que não o colocam na cena do crime e foi liberado.

Segundo o delegado Clóvis Rodrigues, titular da Delegacia de Garibaldi, responsável pelo caso, o ex-companheiro informou que no horário do crime estava na sua empresa e teria imagens que comprovam o fato. Após o trabalho, ele se dirigiu até a casa da mãe, de onde foi conduzido pelos policiais até a Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA). 

Apesar da autoria direta do crime não ser considerada, o envolvimento dele no caso não foi descartado, segundo a Polícia Civil, já que a relação do casal era instável e vários registros de ameaças e agressões haviam sido feitos. Em um dos casos, a Justiça determinou uma medida protetiva que o impedia de se aproximar de Charline. Em maio deste ano, ele acabou sendo preso por não cumprir a medida, sendo solto logo em seguida, porque ela desistiu de processá-lo. O delegado Clóvis afirma que não havia medida protetiva contra ele em vigor atualmente.

Algumas testemunhas já foram ouvidas pelos investigadores. Em um dos depoimentos, a pessoa afirma ter visto um segundo carro no local do crime, com dois ocupantes dentro. "Não descartamos nenhuma hipótese no momento. Pode ter havido a participação e alguém ligado à própria vítima, pode ter havido um assalto, pode ter havido outro tipo de situação que conduziu a vítima até o local, que não era seu itinerário normal. Ainda é cedo para estabelecermos a motivação. Vamos continuar investigando e com o passar do tempo elucidar esse crime", destaca o delegado.

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