Caso Ducati: julgamento de Carioca é anulado
Foi anulado o resultado do júri popular que condenou Alexandre Augusto Kulnig de Bragança Soares de Souza, 32 anos, também conhecido como Carioca, a 15 anos de prisão em regime fechado. A condenação veio após mais de 12 horas de trabalhos no fórum de Garibaldi no dia 10 de março deste ano.
Alexandre foi condenado por ter matado a namorada, a bento-gonçalvense Caroline Ducati, no dia 15 de setembro de 2005. O julgamento que anulou o júri de Alexandre ocorreu no dia 20 de novembro. Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado entenderam que a sessão plenária que condenou o jovem não respeitou cinco situações exigidas no Código de Processo Penal. Uma delas é a não gravação do depoimento de uma testemunha em plenário. Outro ponto levantado pela defesa foi a referência que a acusação fez ao réu, que preferiu silenciar nos debates, durante o julgamento.
O Ministério Público e a defesa podem recorrer em instância superior, em Brasília. Caso isso não aconteça, um novo júri será marcado. Após a condenação, Alexandre foi encaminhado ao Presídio Estadual de Bento Gonçalves e, no dia 15 de maio, conseguiu alvará de soltura através de habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado.
Antes da condenação, Carioca chegou a permanecer preso até janeiro de 2006. A pedido da Defesa, ele foi transferido ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, onde permaneceu até novembro de 2006, quando teve a liberdade concedida pelo Superior Tribunal de Justiça. Atualmente, ele mora no Rio de Janeiro com a mãe e segue o tratamento psicoterapêutico.
O crime
Caroline Ducati foi morta pelo então namorado após uma discussão do casal no dia 15 de setembro de 2005, no apartamento do réu, no centro de Garibaldi. A vítima apresentava marcas de facada por todo o corpo, inclusive nas mãos, demonstrando que ela tentou, em vão, se defender. O assassinato foi descoberto após os moradores do andar de baixo perceberem sangue escorrendo por um dos lustres. Os policiais arrombaram a porta e encontraram Caroline já sem vida. O réu estava deitado junto ao corpo, com os pulsos e parte de um dos braços cortados.
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