Notícia atualizada em 04.05.15, às 14h06.
O Poder Judiciário de Garibaldi está realizando nesta segunda-feira, dia 4, o novo julgamento do réu Alexandre Augusto Kuling de Bragança Soares de Souza, 33 anos, também conhecido como Carioca. Ele é acusado de ter matado a namorada, a bento-gonçalvense Caroline Ducati, no dia 15 de setembro de 2005. Os trabalhos estão acontecendo no Fórum de Garibaldi. A expectativa é que a sentença de absolvição ou condenação seja proferida pelo juiz ao final da tarde.
O Júri teve início por volta das 9h40, após o sorteio dos jurados que acompanham os debates. Ainda na parte da manhã, três testemunhas foram ouvidas, todos médicos que realizaram atendimento ao réu após o crime ou que acompanharam os quadros clínicos de Souza nos últimos 10 anos.
A estratégia da defesa para tentar absolver o réu é usar como argumento a inimputabilidade das ações de Carioca. De acordo com os laudos apresentados pelos advogados, o réu teria problemas psiquiátricos de longa data e associado ao seu quadro clínico (transtorno bipolar e esquizofrenia) o uso de remédios e drogas psicoativas que o teriam levado a um quadro de ataque psicótico. Tecnicamente, as ações do réu, no momento do crime, não teriam julgamento de responsabilidade.
Por outro lado, a Promotoria Pública tenta convencer o Júri que Souza era capaz de compreender o perigo de suas ações e a posterior culpabilidade. No primeiro julgamento, ocorrido em maio do ano passado, Carioca acabou condenado a cumprir 15 anos de prisão. O Júri foi anulado pelo Tribunal de Justiça (TJ) por diversos problemas apontados pela defesa durante o julgamento.
No período da tarde, os trabalhos foram retomados por volta das 13h, e tiveram início os debates entre acusação e defesa, nos quais cada parte apresenta seu ponto de vista e suas evidências aos jurados. O Júri é formado por seis mulheres e um homem. Assim como aconteceu no primeiro julgamento, Carioca utilizou seu direito de não se manifestar perante o Júri.
O crime
Caroline Ducati foi morta pelo então namorado após uma discussão do casal no dia 15 de setembro de 2005, no apartamento do réu, no centro de Garibaldi. A vítima apresentava marcas de facada por todo o corpo, inclusive nas mãos, demonstrando que ela teria tentado, em vão, se defender. O assassinato foi descoberto após os moradores do andar de baixo perceberem sangue escorrendo por um dos lustres. Os policiais arrombaram a porta e encontraram Caroline já sem vida. O réu estava deitado junto ao corpo, com os pulsos e parte de um dos braços cortados.
Reportagem: Jonathan Zanotto
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