Caso Fiorino: MP pede mais investigações
O Ministério Público (MP) se manifestou nesta terça-feira, dia 13, sobre o caso envolvendo a morte de dois jovens após uma tentativa de abordagem policial em março deste ano. O 1º Promotor de Justiça Criminal de Bento Gonçalves, Eduardo Lumertz, entendeu que a denúncia é prematura e solicitou que as investigações sejam aprofundadas. Ele pediu, entre outros, a reinquirição da testemunha, o aguardo do resultado de depoimentos de pessoas que residem fora de Bento Gonçalves, o envio de provas periciais, e a obtenção de informações mais precisas sobre o possível duplo registro de armas de fogo.
No último dia 30, a Polícia Civil concluiu inquérito e remeteu o material ao MP. O resultado da investigação, conduzida pelo delegado Álvaro Pacheco Becker, titular da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), foi o indiciamento do motorista e dos dois brigadianos que atiraram contra o automóvel por homicídio com dolo eventual.
O promotor convocou uma coletiva de imprensa para o início da tarde de quarta-feira, dia 14, da qual o SERRANOSSA participará.
Confira a nota oficial do MP:
“A respeito do caso de duplo homicídio ocorrido, no dia 16 de março de 2014, em Bento Gonçalves, denominado, pela Imprensa, de “Caso Fiorino” (no qual os jovens Anderson Stiburski e Danúbio Cruz da Costa restaram fatalmente vitimados pela ação dos policiais militares Edegar Rodrigues e Neilor Lopes, havendo, ainda, o indiciamento de Tiago de Paula, motorista do veículo Fiorino), o Ministério Público, após detida análise do Inquérito Policial recebido da 2ª Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, entendeu ser prematuro o oferecimento, neste momento, da respectiva denúncia – eis que ainda pende de realização e complemento uma série de providências não finalizadas durante a confecção do referido Inquérito Policial.
Dentre outras medidas, o Ministério Público requisitou em diligência, à digna Autoridade Policial: a reinquirição de testemunha (e o aguardo do resultado da oitiva de outras que residem fora de Bento Gonçalves); a remessa dos resultados das perícias de exame residuográfico (nas mãos de pessoas envolvidas) e de potencialidade lesiva das armas de fogo utilizadas na ocorrência; a obtenção de informações mais precisas, junto a determinado fabricante de armas de fogo, a respeito de um possível “duplo registro” de armas de fogo; a realização de perícia complementar no veículo Fiorino e em projéteis supostamente deflagrados durante a ação investigada; a reprodução simulada (reconstituição) dos fatos, a ser feita pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP); dentre outras diligências que igualmente se entenderam pertinentes.
Com a realização e o término de tais diligências, o Ministério Público analisará, novamente e de forma global (a partir das provas já colhidas e das ainda pendentes), o Inquérito Policial remetido pela 2ª Delegacia de Polícia local – de modo a, daí sim, proceder ao adequado encaminhamento legal do caso”.
Reportagem: Greice Scotton
É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.
Siga o SERRANOSSA!
Twitter: @SERRANOSSA
Facebook: Grupo SERRANOSSA
O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.