Às vésperas da morte do advogado Luciano Gabardo completar seis anos, o acusado de ter causado o acidente de trânsito será julgado. Gabardo, então com 27 anos de idade, morreu após um grave acidente no bairro São Bento, supostamente causado pelo réu, Alexandre Ferreira dos Santos, de 39. O julgamento está marcado para o próximo dia 6, a partir das 9h, no Fórum de Bento Gonçalves. A acusação é de homicídio simples, cuja pena varia de seis a 20 anos de reclusão.
O acidente aconteceu na madrugada do dia 21 de dezembro de 2005, por volta da 1h. Conforme a sentença de pronúncia, Santos conduzia seu veículo Ford/Explorer, pela rua Olavo Bilac, em estado de embriaguez e em alta velocidade, quando, no cruzamento com a rua 13 de Maio, passou o sinal fechado, colidindo contra o automóvel Peugeot/206 conduzido por Gabardo, que trafegava no sentido contrário. O advogado morreu na hora. Santos teve ferimentos no braço, cortes na cabeça e teve três costelas quebradas, e foi conduzido desacordado ao hospital.
No depoimento, em juízo, Santos negou estar dirigindo em alta velocidade e a embriaguez, afirmando também que o sinal estava aberto para ele passar quando aconteceu o acidente.
Hoje o acusado mora em outra cidade. O defensor público Rafael Carrard é o responsável pela defesa do réu. Ele explica que Santos não foi preso na época pela lógica processual em vigor no país, que prevê que os autores de um crime, quando não são reincidentes, respondam ao processo em liberdade sob pretexto de que podem ser absolvidos durante o julgamento.
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