Caso Luis Carlos Cerri: acusado vai a júri popular
O acusado de ter matado Luis Carlos Cerri, em dezembro de 2007, Luciano Castria de Oliveira, 34 anos, irá a júri popular na próxima quinta-feira, dia 26. Ele responde por homicídio duplamente qualificado, uma vez que a motivação para o fato é considerada fútil (teve origem em uma discussão de trânsito) e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima (Cerri dirigia o veículo quando teria sido atingido pelo acusado, que havia saído do carro e o aguardava na pista). O julgamento inicia às 9h no Fórum de Bento Gonçalves e é aberto ao público.
A vítima tinha 23 anos na época. Natural de André da Rocha, Cerri havia se mudado para Bento junto com dois irmãos em busca de oportunidades de trabalho e atuava na área de mecatrônica em uma indústria de móveis da cidade. O crime ocorreu no dia 21 de dezembro.
Detalhes do crime
Segundo a sentença de pronúncia, após uma discussão de trânsito na avenida Planalto, ocasionada por uma manobra brusca, houve perseguição. Na versão das testemunhas, o acusado parou seu veículo pouco antes de chegar à Pipa Pórtico, na rua Silva Paes, no sentido Cidade Alta – RSC-470, e desceu do automóvel. Em seguida, Cerri passou pelo local a fim de deixar um colega de trabalho em casa, no bairro Juventude. Ao diminuir a velocidade, sem ter descido do carro, a vítima foi atingida no pescoço com uma faca de cozinha. Mesmo ferido, ele conseguiu dirigir até a entrada do bairro Juventude, onde perdeu o controle do carro e colidiu contra um muro. Cerri permaneceu internado durante seis dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tacchini e chegou a ser submetido a cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
Legítima defesa
Durante o trâmite do processo, os advogados de defesa tentaram fazer com que houvesse desclassificação do crime de homicídio qualificado para o de lesão corporal grave, alegando que o réu agiu em legítima defesa, já que a vítima teria colocado a mão nas costas como se fosse sacar uma arma. Em seu depoimento à juíza, o réu afirmou que foi seguido pela vítima desde o bairro São Bento até a saída da cidade. Ele disse ter acreditado se tratar de um assalto e, por isso, após acionar a Brigada Militar, reagiu quando Cerri desceu do veículo. O acusado responde ao processo em liberdade, por colaborar com as investigações e ter residência e emprego fixos.
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