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Caso Mirella: mãe e padrasto negam tortura a menina levada morta para posto de saúde em Alvorada

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Menina de 3 anos morreu em maio de 2022; mãe e padrasto são acusados de tortura qualificada

Foto: Reprodução

A mãe e o padrasto da menina Mirella Dias Franco, de três anos, levada morta para receber atendimento médico, em maio de 2022, em Alvorada, negaram, durante interrogatório, as denúncias de tortura contra a criança.

Lilian Dias da Silva e Anderson Borba Carvalho Júnior foram ouvidos na sexta-feira, 05/05, pela Justiça de Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

O padrasto foi o primeiro dos réus a depor, presencialmente, no fórum. Segundo o Tribunal de Justiça, ele negou agressões à menina e responsabilizou a mãe pelo crime. Liliam foi interrogada por videoconferência e acusou o companheiro de agredir a filha.

Lilian Dias da Silva e Anderson Borba Carvalho Júnior estão presos preventivamente desde junho de 2022. Eles foram acusados de tortura qualificada pelo resultado morte.

O conselheiro tutelar, Leandro Brandão, acusado de omissão na apuração do crime de tortura, além de falsidade ideológica e falso testemunho, também foi ouvido no interrogatório. Brandão disse que não havia indicação de urgência ou emergência em relatos anteriores de agressões contra a menina.

Relembre o caso

Mirella chegou morta à Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Jardim Aparecida, em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no dia 31 de maio de 2022.

Ela foi levada ao local pelo padrasto, outras duas mulheres e uma criança. Imagens de câmeras de segurança mostram a família buscando atendimento médico.

Segundo a polícia, médicos afirmam que ela já chegou sem vida ao posto de saúde. O corpo da menina apresentava diversos hematomas. Na ocasião, mãe e padrasto disseram que os machucados eram de quedas em brincadeiras de criança.

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