Caso Vlademir Cardozo: inicia julgamento do acusado de ser o mentor do assassinato

Ocorre nesta quinta-feira, dia 10, o julgamento de Daniel Panno Lazzari, acusado pela promotoria de ser o mentor do assassinato de Vlademir Cardozo, cujo corpo foi encontrado em 21 de maio de 2013. A sessão acontece no Fórum da cidade de Farroupilha, município onde a vítima teria sido morta. O réu, Daniel Panno Lazzari, foi interrogado e negou participação no crime. Ele afirma que foi para casa após ter deixado Cardozo nas proximidades do campo em Tamandaré, onde iria se encontrar com um agiota, cujo nome não foi revelado. O corpo de jurados é composto por quatro mulheres e três homens. A imprensa não foi autorizada a registrar imagens do julgamento.

Lazzari chegou a ficar preso durante nove meses, mas hoje responde ao processo em liberdade. A acusação é feita pelo primeiro promotor de Justiça da Promotoria de Justiça de Farroupilha. 

Relembre o caso

Os dois eram amigos há mais de dez anos e Lazzari teria sido a última pessoa a ver Cardozo com vida. A câmera de monitoramento de um estabelecimento no bairro Santo Antão flagrou o momento em que a vítima entrou no automóvel do réu, uma Montana, e deixou o seu veículo, de mesmo modelo, estacionado em frente ao local. Conforme Lazzari, em depoimento à juíza, ele teria levado a vítima até as proximidades de um campo no bairro Tamandaré, em Garibaldi, onde haveria um automóvel Pálio, de cor azul, esperando Cardozo. 

O corpo de Cardozo foi localizado no dia 21 de maio, na linha Paese, interior de Farroupilha, com diversas marcas de tiros. Um caminhoneiro que passava pelo local acionou a Brigada Militar. A testemunha ainda viu um automóvel Montana passar pelas proximidades, mas não conseguiu identificar a placa e tampouco as pessoas que estavam no interior dele. Cardozo foi morto com pelo menos cinco disparos de arma de fogo.

Em seu depoimento à juíza, Lazzari também contou que assumiu a autoria, na fase policial, pois havia sido instruído por um advogado a confessar, uma vez que, conforme o relato, nada lhe aconteceria se apontasse quem teria efetuado os disparos. Ele identificou como sendo o autor dos tiros Luís Fernando de Souza, que sempre garantiu não conhecer o réu e que, no dia do crime, estaria trabalhando em uma obra. Devido à falta de provas que comprovassem a participação de Souza na ação, ele não foi pronunciado pelo crime.

Foto: Reprodução Facebook

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